Tudo é carnaval
Hoje, 11 de fevereiro de 2015, o carnaval chegando a partir de sexta-feira e prosseguindo até quarta-feira de cinzas na Bahia e o país se preparando para o seu mais longo feriadão anual. Chegando em termos, porque desde a semana passada em milhares de cidades brasileiras a maior festa popular do Brasil já vinha acontecendo com o desfile de blocos carnavalescos e concursos de reis momos ou rainhas.
Saudade dos carnavais
Vou aproveitar a coluna de hoje para lembrar os antigos carnavais que vivi no Clube Tocantins, na Rua Godofredo Viana, em Imperatriz. Claro, dancei também carnaval no Clube Juçara, mas no Tocantins eu participei mais ao som do Grupo Bossa Show, comandando pelo saxofonista Raimundo da Girica. Que tempo bom! O interessante é que a gente quase não via brigas entre os jovens. Evidentemente, que também naquela época os brigões apareciam, mas logo eram controlados pelos seguranças. De uns 30 anos para cá, a coisa mudou muito. O axé, o pagode e mais recentemente o funk e até o sertanejo entraram no carnaval de norte a sul do Brasil. O leitor pode me chamar de “cafona”, “chato” ou de “velho”, mas mantenho minha posição: os carnavais antigos eram mais saudáveis e bem melhores para a gente se divertir em paz.
Abusos nas ruas
O que se vê nos últimos anos são assassinatos, motoristas embriagados atropelando pessoas nas ruas, adolescentes se envolvendo com bebidas alcoólicas ou, lamentavelmente, com drogas. E o que é mais triste: jovens fazendo sexo nas ruas ou dentro de carros, sem o uso de preservativo. Além do mais, os ouvidos de quem tem bom gosto sofrem com a divulgação maciça nas emissoras de rádio e TV e nos automóveis de jovens de músicas chatas e sem conteúdos. E ainda temos que ouvir ao final da festa que determinada música (música??) ganhou como o “rit” da folia de 2015. No ano passado, o hit foi “Lepo Lepo”, do baiano Psirico.
Enfim, me perdoem os jovens foliões, mas a minha geração viveu e aproveitou os verdadeiros carnavais em Imperatriz. Viva as marchinhas, o frevo, o maracatu e o carnaval de clubes. Ainda vou lutar e conseguir realizar em Imperatriz, com apoio de empresários, o verdadeiro carnaval de clubes. Junte-se a mim neste sonho.
História do carnaval e suas origens
A história do carnaval tem suas origens na Antiguidade, sendo uma festa tradicional e popular que chegou ao Brasil durante a colonização.
O carnaval é a festa popular mais celebrada no Brasil e que, ao longo do tempo, tornou-se elemento da cultura nacional. Porém, o carnaval não é uma invenção brasileira, nem tampouco realizado apenas no nosso país. A história do carnaval remonta à Antiguidade, tanto na Mesopotâmia quanto na Grécia e em Roma. A palavra carnaval é originária do latim, carnis levale, cujo significado é retirar a carne. O significado está relacionado com o jejum que deveria ser realizado durante a quaresma e também com o controle dos prazeres mundanos. Isso demonstra uma tentativa da Igreja Católica de enquadrar uma festa pagã. (...)
A Igreja Católica buscou então enquadrar tais comemorações. A partir do século VIII, com a criação da quaresma, tais festas passaram a ser realizadas nos dias anteriores ao período religioso. A Igreja pretendia, dessa forma, manter uma data para as pessoas cometerem seus excessos, antes do período da severidade religiosa.
Durante os carnavais medievais por volta do século XI, no período fértil para a agricultura, homens jovens que se fantasiavam de mulheres saíam nas ruas e campos durante algumas noites. Diziam-se habitantes da fronteira do mundo dos vivos e dos mortos e invadiam os domicílios, com a aceitação dos que lá habitavam, fartando-se com comidas e bebidas, e também com os beijos das jovens das casas.
Durante o Renascimento, nas cidades italianas, surgia a commedia dell’arte, teatros improvisados cuja popularidade ocorreu até o século XVIII. Em Florença, canções foram criadas para acompanhar os desfiles, que contavam ainda com carros decorados, os trionfi. Em Roma e Veneza, os participantes usavam a bauta, uma capa com capuz negro que encobria ombros e cabeça, além de chapéus de três pontas e uma máscara branca.
A história do carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial. Uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa que na colônia era praticada pelos escravos. Depois surgiram os cordões e ranchos, as festas de salão, os corsos e as escolas de samba. Afoxés, frevos e maracatus também passaram a fazer parte da tradição cultural carnavalesca brasileira. Marchinhas, sambas e outros gêneros musicais também foram incorporados à maior manifestação cultural do Brasil. (Fonte: www.brasilescola.com.br).
Essa é de lascar
O assunto é polêmico e ainda vai dar muito o que falar. Estão querendo levar água do rio Amazonas para o Nordeste e o Sudeste. Veja o que disse o governador do Amazonas ao G1, o site de notícias da TV Globo.
(...) No último dia 3, o governador José Melo sugeriu a transposição de parte das águas de um dos mais extensos rios do mundo e de maior fluxo de água por vazão: o Rio Amazonas.
“Eu sou daqueles que entende que a solução passa pelo Amazonas. Você tem o Nordeste Brasileiro com solos extremamente férteis, mas não tem água. E agora o Sudeste do Brasil padecendo da falta de água. A pergunta que deixo para o Brasil é a seguinte: por que não levar água da Foz do Amazonas, que tem em abundância, para o Sul, Sudeste e, sobretudo, para o Nordeste, onde há solos abundantes e ricos? Não precisaríamos levar água todo dia. Quando no período de chuvas resolvessem a questão do abastecimento dos reservatórios, a torneira estava fechada. Quando isso não acontecesse, o Amazonas estaria lá para socorrer”, afirmou o governador.
Ainda segundo o G1, a Superintendência Regional do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) informou que é possível levar água do Rio Amazonas - um dos maiores do mundo - para São Paulo e outros estados que sofrem com falta d’água no Brasil. Especialista diz que 1% da vazão do rio daria para abastecer Nordeste e Sudeste do país. O órgão defende que os tipos de obra e intervenção merecem amplo debate.
Bom carnaval a todos, com paz e tranquilidade, e até quarta-feira que vem, com saúde e paz.
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