Eleições 2014

No próximo domingo, o Brasil mudará de cara, de jeito, de comando e de tudo em todos os estados e, claro, no próprio país, com a eleição do presidente da República. Lembrando, evidentemente, que a posse dos eleitos só ocorrerá em 1º de janeiro de 2015. Será um dia histórico, quando 142,5 milhões de eleitores irão às urnas para escolher os seus candidatos, que já tiveram tempo demais para falar sobre suas propostas, mas a maioria perdeu o tempo sagrado do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão para falar besteira e criticar a vida privada dos seus adversários. Estes perderam o tempo e os votos.
A coluna deseja que no domingo que vem todos cumpram civilizadamente seu dever de cidadão e democraticamente elejam seus candidatos sem atropelos, venda de votos e brigas. Que tudo transcorra em paz e harmonia. Afinal, o Brasil não tem culpa dos políticos que tem. Não podemos generalizar, mas, infelizmente, a maior parte dos políticos só pensa em seu bolso e no bem-estar de sua família e não nos problemas concretos das comunidades pobres e da população de um modo geral. Quando chegarmos à plena democracia, em que candidatos possam ser eleitos de fato por suas propostas de interesse do povo e não por gastarem milhões e milhões de reais em campanhas, aí entraremos de fato em uma verdadeira democracia. Por enquanto, a partir do fim da ditadura militar, em março de 1985, apenas começamos a engatinhar no processo eleitoral democrático brasileiro. De qualquer forma, já demos o primeiro passo. No próximo domingo, será dado mais um passo. A direção do caminho a seguir, portanto, está em sua mão, meu caro eleitor. Boa eleição a todos!

O menor colégio eleitoral

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o município com o menor número de eleitores é Araguainha, em Mato Grosso, com apenas 898 votantes. Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município tem 1.000 habitantes, ou seja, quase 90% da população residente vota nas eleições.

Os maiores...

Ainda de acordo com o TSE, os maiores colégios eleitorais do país são estes: São Paulo (capital), com 8,8 milhões de eleitores - ou 74,3% da população residente; Rio de Janeiro, a capital do estado que também leva o mesmo nome (4,8 milhões), Salvador, a bela capital baiana; (1,9 milhão), Belo Horizonte, a capital mineira (1,9 milhão); Brasília, a capital do Brasil (1,9 milhão), e Fortaleza, a bela e exuberante capital cearense (1,7 milhão).

Quarto poder

O site www.comunique-se.com.br - especializado em comunicação, divulgou esta semana (e recebi por e-mail) um belo artigo de um dos mais respeitados jornalistas e radialistas do Brasil, Heródoto Barbeiro, sobre a polêmica do quarto poder. Eu faço questão de reproduzir aqui na coluna este magnífico artigo para que você possa ler, pensar, refletir, concordar, discordar e discutir com seus amigos. Confira:
A primeira vez que se ouviu falar em quarto poder no Brasil foi por volta de 1823. Depois que o imperador mandou fechar a Assembleia Nacional Constituinte no tapa, um grupo de áulicos redigiu a carta constitucional do país. Ela ficou conhecida como a Constituição do Império, mas era uma carta outorgada pelo monarca. Ela estabelecia a existência de um quarto poder, o Moderador. Este era privativo do imperador e concedia o direito de sobrepor a todas as demais decisões. Era uma garantia que a palavra final sempre seria a do soberano, uma herança do absolutismo que a família de Dom Pedro I tinha exercido tenazmente. Por meio do poder moderador, o imperador podia nomear e demitir ministros, ser o voto diferencial em eleições e estabelecer ou revogar normas dos demais poderes. As intervenções militares ao longo da história republicana do Brasil também atribuíram ao Exército um certo “quarto poder”.
 
Contudo, há também quem qualifique a imprensa como quarto poder. Essa denominação ganhou notoriedade em 1955, com o teórico da comunicação James Carey. Ele defendeu ardentemente a visão da imprensa como um quarto poder. Essa postura ganhou dimensão nos Estados Unidos na década de 1960, com o caso Watergate. Segundo Carey, os jornalistas seriam agentes públicos no monitoramento de um governo eminentemente abusivo. E, para tanto, a imprensa deveria ter o direito especial de apurar informações. Logo sob o modelo do quarto poder, uma imprensa livre era, basicamente, sinônimo de uma imprensa forte, dotada do privilégio especial de apurar informações. Mas de nenhum outro. Juntava os conceitos de cão de guarda com o do espantalho. Portanto, o Estado ou seus agentes e outros protagonistas sociais precisavam saber que os jornalistas estavam atentos.
Em nenhum momento, o quarto poder pode ser entendido como um poder paralelo aos demais. Começa que não há nada escrito na constituição brasileira. Por isso, ele não pode ser confundido com um poder de fato. Ele indica que a imprensa pode se enxergar como um representante do público na arena política. Investigar, apurar e divulgar livremente depois de formar convicção sobre os fatos. É o poder de transformar informações em notícias. E, nestas épocas de internet, muitos informam, mas poucos noticiam. Não há nenhum outro poder dentro deste quarto poder. Cabe ao público legitimá-lo ou não por meio da audiência das publicações não importa em que plataforma. Esse mesmo público, ao tempo que fiscaliza a atuação da imprensa, quer vê-la como sua legítima representante no debate político, e espera que ela seja capaz de retratar criticamente a realidade nacional.

Heródoto Barbeiro é apresentador e editor-chefe do ‘Jornal da Record News’. Já foi professor de história, carreira que seguiu por quase 20 anos. Na imprensa, passou por CBN, Rádio Globo, Jovem Pan, TV Cultura, TV Gazeta e Diário de S. Paulo. Edita o Blog do Barbeiro – Barba, Bigode e Cabelo, hospedado pelo R7.

Salão do Livro de Imperatriz

Também por e-mail, recebi um texto de James Pimentel, ontem, falando sobre o 12º Salão do Livro de Imperatriz (Salimp). O release informa que o evento será realizado de 3 a 12 de outubro, no Centro de Convenções da cidade: “Durante os dez dias de feira estão agendadas apresentações musicais, exposições de arte, lançamentos de livros, palestras, oficinas, cinema e visitação de standes”.
Apesar de terem ambientes específicos para cada tipo de atividade, é importante que o visitante do Salimp esteja atento à programação, que já está disponível no site (www.salimp.com) ou no livreto que será distribuído na feira.

A feira - O Salão do Livro de Imperatriz (Salimp) é o maior evento literário do Sul do Maranhão. Em 2014 acontece a 12ª edição entre os dias 03 a 12 de outubro com o tema “O Rio Tocantins”.
Parabéns aos confrades da Academia Imperatrizense de Letras pela bela iniciativa e parabéns, também, a todos os apoiadores e patrocinadores do evento.

Garimpeiros

Garimpeiros, não se deixem enganar por falsas promessas em véspera de eleição. Tentem se informar sobre a nova diretoria eleita no domingo passado em Curionópolis (PA), com o aval do Ministério Público do Estado do Pará.

Boa semana e boa eleição a todos no domingo, dia 5 de outubro, e até a semana que vem, com saúde e paz.

Contato com a coluna: limardorigues.lima@gmail.com