Lima com sua mãe

Viva as mães

A coluna de hoje é dedicada totalmente às mães e tem como fonte o artigo Mulheres Sozinhas: mãe a toda prova! - publicado na revista espanhola "Padres OK" de setembro de 2002 com tradução de Carlos Casagrande e divulgado no Brasil no site www.portaldafamilia.org.
Levando em conta que no próximo domingo será comemorado o Dia das Mães, a coluna achou por bem prestar esta homenagem a essas guerreiras.

Mulheres Sozinhas: mãe a toda prova

São muitas as circunstâncias que levam uma mulher a enfrentar sozinha a criação de seus filhos. As que ficaram a enfrentar tempo de superar a dor quando já se encontram frente à tarefa de assumir, além de suas responsabilidades de mãe, o papel de pai. Aquelas que depois de um bom tempo de vida matrimonial se separam também sentem a obrigação de virar rapidamente a página e voltar a funcionar como família, apesar da perda do companheiro e da ausência do pai. No caso das mães solteiras, a dor de não poder compartilhar cotidianamente as penas e as alegrias da paternidade é igualmente intensa, porém logo se transforma em uma carga com a qual é preciso aprender a conviver. (…)

A ausência do pai

Segundo assinala Patrícia Fernandes, psicóloga infanto-juvenil com vasta experiência em temas de família, existe uma tendência muito acentuada - com exceção das mulheres que ficaram viúvas - de que as mães procurem "apagar" a figura do pai do contexto familiar. "Há muito poucas mulheres que conseguem separar suas raivas e conflitos interiores e, em geral, transmitem às crianças os sentimentos de frustração derivados da relação fracassada com o cônjuge. É frequente que as crianças se transformem em confidentes da mãe e recebam todas as críticas que ela faz ao pai", indica a psicóloga. (...)
É importante evitar na criança a fantasia de que seu papai se foi porque não o queria ou o que se sucedeu entre seus pais foi por culpa dele. Por isso, é necessário deixar-lhe claro que seu pai o ama, porém que, por distintos motivos, não pode estar com ele.

Mães solteiras

Durante a infância, as mães solteiras se deparam entre o segundo e o terceiro ano de vida de seu filho com a pergunta: e meu papai? Patrícia Fernández assinala que apesar de que sempre se devem dar à criança respostas consistentes, "quando o menor dos filhos é pequeno, não convém entrar em detalhes porque não está preparado para entendê-los. A única coisa que quer é ter um pai e ter o direito de pensar que ele existe". (…)

Mães separadas

Patrícia Fernández assinala que quando os pais se separaram e o pai se vai da casa e ainda se desentende dos filhos, os pequenos vivem a situação com uma dor muito profunda, e inclusive se sentem como se seu pai tivesse morrido, ficando desconsertados frente à sua repentina ausência. (…)

Mães viúvas

Quando a causa da ausência do pai for a morte, é importante que as crianças tenham uma figura paterna que o substitua. Deste modo sabem que, além de levar a memória do pai no coração deles, tem alguém perto a quem recorrer quando precisar falar de homem para homem ou para jogar e aprender coisas que não poderiam fazer sozinhos ou com a ajuda da mãe. (…)

Felicidade mútua

As mães que criam sozinhas as suas crianças e as crianças que crescem sem o pai delas podem, de igual maneira às famílias normalmente constituídas, alcançar a felicidade. Porém, isto requer um trabalho de desenvolvimento pessoal consciente e constante por parte das mães, essas que devem estar permanentemente se interrogando a respeito da educação de suas crianças. Muitas mães os veem como extensão delas mesmas, portanto acabam exigindo que cumpram com as suas expectativas e, por outro lado, não conseguem colocar limites nem fazê-los respeitar normas, por querer, desta maneira, compensar a ausência do pai.
É benéfico que as mães tenham grupos de amigas e amigos que levem a cabo alguma outra atividade à parte de seu trabalho e que sempre estejam rodeadas de outras mães, para assim comparar o desenvolvimento de seu filho em relação aos dos outros. Deste modo, podem prevenir-se de transformar-se - produto da pressão e da solidão - em mães superprotetoras, onipotentes e asfixiantes, e alcançar, tanto elas como seus filhos, a felicidade mútua.

Para ler este ótimo artigo na íntegra acesse o site www.portaldafamilia.org

Mãe guerreira

De fato ser mãe não é nada fácil. Muitas mães criam seus filhos sozinhas e muitas lutam para formar os filhos sem a ajuda dos pais.
Ao longo da minha vida, conheci muitas mães guerreiras. Tenho como exemplo a minha tia Delta Motta, já falecida, que era irmã da minha mãe, Iraídes. A tia Delta ficou viúva ainda jovem, mas com garra e determinação criou seus sete filhos (sendo dois de criação) e hoje estão todos encaminhados na vida e ajudam no futuro dos filhos e netos.

Dona Elza Freitas

Outra mãe guerreira que conheço é dona Elza Freitas, moradora do bairro Entroncamento. Lembro-me muito bem que nos conhecemos quando minha família mudou-se em novembro de 1969 para uma casa na Avenida Getúlio Vargas (onde funciona hoje a Casa do Campo, em frente à antiga Casa Garotti). Dona Elza tornou-se comadre da minha mãe. Esta mulher guerreira sofreu muito na vida. Ela perdeu o marido, Seu Zezão, depois um filho, o garoto Marcos, assassinado banalmente em uma rua do bairro Juçara, após uma festa, e algum tempo depois a filha Perpétua, que morreu depois de uma queda de motocicleta e ter sofrido tétano. Vejam bem: tétano. Talvez o primeiro atendimento não tenha sido o correto, mas não vem ao caso aqui discutir erros do passado. O que vale a pena dizer é que dona Elza é uma guerreira. Hoje, mesmo não tão bem de saúde, cuida do filho Júnior e das netas com muito carinho e afeto. Parabéns, dona Elza!

Minha mãe

Outra guerreira é dona Iraídes Lima Rodrigues, minha mãe. Nascida no norte de Goiás, hoje Tocantins, morou em Marabá, onde conheceu meu pai, Raimundo Rodrigues, depois veio para Imperatriz no início da década de 1960. Ela ficou viúva em junho de 1984, mas mesmo sozinha lutou para encaminhar os filhos. Claro que devido a minha ida para Brasília por mais de 30 anos e há três morando no Pará, reconheço que fiquei a maior parte da vida distante dela. Reconheço também que às vezes fui até incompreensivo com alguma bronca que ela me deu, sempre querendo o bem para mim. Neste caso, aproveito publicamente para pedir perdão pelos erros cometidos e pela falta de compreensão.
Em nome de dona Iraídes, saúdo todas as mães de Imperatriz, do Maranhão, do Brasil e do mundo, desejando a todas muita saúde, paz, felicidade e tudo de bom. Parabéns queridas mães!

Um abraço a todos e até quarta-feira.