Dona Iraídes e o filho Lima Rodrigues no domingo, 26 de julho, na comemoração, sem aglomeração, de seus 93 anos de idade - Fotos: Arquivo pessoal
Dona Iraídes e o afilhado e filho de criação, Augusto Rodrigues
A neta Irlana Patrícia, dona Iraídes e este colunista

Sai o agro e entra homenagem

Peço desculpas aos leitores da coluna, mas hoje, excepcionalmente, não vou falar sobre agronegócio ou fazer nenhum comentário político ou econômico. Vou prestar homenagem à minha mãe, dona Iraídes Lima Rodrigues, uma pioneira de Imperatriz, que completou 93 anos de idade no domingo, 26 de julho. 

Ela chegou à cidade em 1960, procedente de Marabá (PA), com o esposo, o comerciante Raimundo Rodrigues (que faleceu em junho de 1984) e os quatro filhos: Gilberto, Ana Lúcia, Antônio Lucivaldo e Josivaldo Lima Rodrigues. A família morou mais de oito anos em uma casa nas barrancas do Rio Tocantins (Beira Rio) e, posteriormente, em outras ruas: Cel. Manoel Bandeira, Godofredo Viana e Getúlio Vargas. Já há alguns anos, ela mora na Rua Pernambuco, no bairro Juçara.

No domingo, dia de seu aniversário, ela foi homenageada com uma live, com a participação dos filhos, netos e bisnetas. Tinha gente em Brasília, Belém, Uberlândia (MG), Parauapebas (PA), e até na Guiana Francesa. Bem distante fisicamente, é verdade. Mas bem perto do coração, graças à tecnologia da chamada videoconferência. A live foi na hora do almoço e foi coordenada pela neta Irlana Patrícia. Emocionada, dona Iraídes agradeceu a homenagem e a presença de todos na live de seu aniversário.

Eu também participei da live , mas no sábado (25), fiz homenagem  à minha mãe com uma declaração de amor, destacando etapas de nossas vidas, de forma poética, em minhas redes sociais.  Confira:

Parabéns, mamãe

Dona Iraídes, neste domingo, 26 de julho, a senhora chega aos 93 anos de idade. “Lembro” como se fosse hoje, a senhora me trazendo ao mundo com apenas 33 anos, bela e bonita e feliz ao lado de meu pai, o grande Raimundo Rodrigues, que partiu desta terra em 1984 aos 63 anos.

Ah, como lembro os primeiros anos de vida nas barrancas do Rio Tocantins, na majestosa Imperatriz (MA), onde a senhora mora até hoje. “Lembro” quando chegamos de Marabá (PA), e eu com apenas nove meses de idade.
Ah, mamãe, me lembro de outras casas em que moramos e das brincadeiras de garoto na Rua Bahia, perto da Av. Getúlio Vargas, com meus inúmeros amigos de infância.

Ah, como era bom pegar com a senhora o seu mosqueteiro e montar um circo naquele terreno baldio da Rua Bahia, com meu irmão Dai, o amigo Toinho, a prima Deusa e outros amigos e amigas. Com 11, 12 e 13 anos de idade a arte já corria na veia.
Ah, dona Iraídes, como foi triste ir para Brasília ainda bem jovem e só vê-la em época de férias.

Minha mãe, cometi muitos erros na vida e te peço perdão por estas falhas, mas nunca pratiquei algum ato que desabonasse nossa família. A senhora e o Seu Raimundo souberam dar educação de primeira para os filhos. 
Obrigado por tudo que fez, faz e fará por mim e pelos meus irmãos, seus netos e netas e bisnetas.

Parabéns, mamãe, e tenha muitos e muitos anos de vida e felicidade. És uma garota aos 93 anos. Te amo. Beijos. Se cuide.