O presidente executivo da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), Francisco Medeiros, destaca o amadurecimento da cadeia produtiva dos peixes de cultivo e o importante papel desempenhado pela Peixe BR - Foto Texto Comunicação/Divulgação
O Dia de Campo na Fazenda Fortaleza, em Rondon, reuniu produtores rurais do Pará e do Maranhão - Foto Ana Cláudia Aragão

Pecuaristas maranhenses participam de Dia de Campo em Rondon do Pará

O Dia de Campo, realizado dia 11 de fevereiro na Fazenda Fortaleza, no município de Rondon do Pará, contou com a participação de cerca de 150 produtores rurais de municípios paraenses e do Maranhão: Cidelândia e Vila Nova dos Martírios.

O organizador do evento foi o professor universitário e pecuarista, Carlos Magno Chaves Oliveira, 45, apaixonado pela medicina veterinária. Filho dos produtores Expedito Oliveira e Eliete chaves Oliveira (já falecidos), ele nasceu em Marabá (PA), foi criado na fazenda até aos 10 anos, depois, a família foi morar em Rondon até 1989, onde começou seus estudos. De 1990 a 1992 estudou em colégio interno. Carlos sempre gostou das coisas do campo, especialmente as vacas leiteiras.

 Carlos Magno estudava na cidade, mas sempre que podia estava na Fazenda Fortaleza, a 30 quilômetros de Rondon, às margens da BR 222, e a dez quilômetros da cidade de Abel Figueiredo. Formou-se em Medicina Veterinária na Universidade Federal do Pará em 1999, tornou-se professor universitário e um grande incentivador dos estudantes de veterinária. Magno tem mestrado em Ciência Animal pela Universidade Federal do Pará em 2002 e doutorado em Ciência Animal também pela UFPA em 2014. Atualmente é professor assistente desta importante universidade e diretor da Escola de Veterinária da UFPA – Campus Castanhal.

Em dezembro do ano passado, vacas da Fazenda Fortaleza foram campeãs do torneio leiteiro da Feira de Agronegócio de Carajás, a Feagro, realizada em Marabá. A produção de leite em sua fazenda, de 41 alqueires, chega a 700 litros por dia e é uma atividade feita com muito carinho. “Já produzimos 950 litros por dia e em breve voltaremos a produzir mais”, disse ele ao programa Conexão Rural da Rede TV de Parauapebas (PA).

As estudantes de medicina veterinária Carla Castro (oitava período), da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Vitória Rodrigues (quinto período), da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e o também estudante do quinto período de veterinária Ludy Otávio (UFRA), elogiaram a iniciativa do pecuarista Carlos Magno de abrir as porteiras de sua fazenda para os alunos colocarem em prática tudo aquilo que aprendem na teoria nas universidades. “Todo período de férias saímos de Belém com destino à Fazenda Fortaleza e outros fazendas da região sudeste do Pará na certeza de que voltaremos para a universidade com mais conhecimento sobre a criação e o bem-estar dos animais, além da produção de leite”, afirmou Carla Castro.

Dia de Campo

Após o almoço, produtores rurais de Rondon do Pará, Abel Figueiredo, Marabá e de Cidelândia e Vila Nova dos Martírios, no Maranhão, entre outras localidades, começaram a chegar à Fazenda Fortaleza para participar de um Dia de Campo sobre genética, em parceria com a multinacional ALTA. Enquanto não começava o evento, alguns aproveitaram para colocar a prosa em dia ou para fazer novas amizades e trocar experiências sobre a produção de leite.

O Dia de Campo foi aberto com as palavras do professor e pecuarista Carlos Magno. Ele agradeceu a presença de todos e desejou “um ótimo aprendizado para os amigos produtores rurais e convidados”.

O consultor de vendas da ALTA em Rondon do Pará, Willians Aquino, elogiou o rebanho do fazendeiro Carlos Magno e afirmou que “sua produtividade em leite se destaca na região”.

A palestra foi feita pelo consultor técnico da ALTA, Rodrigo Peixoto, de Belo Horizonte, destacando que “a empresa é canadense e chegou ao brasil em 1996 e em 2005 começou sua atuação em genética com uma grande central em Uberaba, no Triângulo Mineiro”. Disse ainda que “a ALTA é a maior empresa de inseminação artificial e genética do mundo”.

Rodrigo Peixoto afirmou também que “a reprodução genética é fundamental em uma fazenda leiteira, como é o caso da Fazenda Fortaleza”.

Os estudantes de medicina veterinária estavam bem atentos, assim como os produtores rurais dos mais diversos locais. Homens e mulheres em busca de novos conhecimentos para produzir mais leite em suas fazendas.

Em seguida houve visita aos piquetes da fazenda e mais explicações aos produtores rurais sobre a importância da genética.

Os pecuaristas Nonato Trajano, de Vila Nova dos Martírios (MA); Orlandino Mendes Amaral, de Rondon, mas que tem fazenda em Cidelândia (MA) e Rubens Brandão, de Rondon do Pará, elogiaram a iniciativa do Carlão, como o pecuarista é carinhosamente chamado, e destacaram que um Dia de Campo sempre traz mais conhecimentos para todos.

E Carlos Magno, feliz com o resultado do Dia de Campo, disse que “a avaliação do evento era bastante positiva, porque reuniu cerca de 150 produtores rurais e houve, além de palestras interessantes, muito troca de experiência entre os fazendeiros”.

Parabéns ao pecuarista Carlão pelo seu amor à medicina veterinária e à produção de leite e obrigado pelo convite mais uma vez. Foi muito bom. Gostei bastante.

Brasil produz 758 mil toneladas de peixes de cultivo, em 2019

 A Piscicultura brasileira manteve a rota de crescimento em 2019. A produção avançou 4,9% e chegou a 758.006 toneladas. Os dados são do Anuário Peixe BR de Piscicultura 2020.

O Brasil reforça a posição de 4º maior produtor de tilápia do mundo. A espécie, aliás, já representa 57% da produção nacional. Os peixes nativos mantêm-se fortes, com 38%, e as demais espécies participam com 5%.

“Indiscutivelmente, o resultado é positivo, porém poderia ter sido melhor. A grande oferta de tilápia no segundo semestre de 2018 e primeiro de 2019 fez com que o produtor reduzisse o povoamento levando à escassez do produto na segunda metade do ano passado”, destaca Francisco Medeiros, presidente executivo da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), responsável pelo Anuário.

Nos últimos seis anos (período de levantamento da Peixe BR), a produção de peixes de cultivo saltou 31% no país: de 578.800 t (2014) a 758.006 t (2019).

 Tilápia cresce – Com produção de 432.149 t, a tilápia representou 57% de toda a Piscicultura brasileira em 2019. No ano anterior, a espécie participou com 54,1%. O resultado de 2019 foi 7,96% superior ao de 2018, comprovando a preferência nacional pela espécie. A tilápia está presente em todos os estados, exceto Amazonas, Rondônia e Roraima. Com esse resultado, o Brasil consolida-se na 4ª posição entre os maiores produtores de Tilápia no mundo.

 Peixes Nativos estáveis – O levantamento da Peixe BR identificou estabilidade na produção de peixes nativos em 2019, com aumento de apenas 20 toneladas na produção, atingindo 287.930 t. “Sob o ponto de vista da produção e oferta de peixes nativos, o resultado é positivo, pois inverteu a tendência de queda verificada nos anos anteriores”, diz Francisco Medeiros, presidente executivo da Peixe BR.

 Entre 2018 e 2017, a produção nacional de peixes nativos, liderada pelo Tambaqui, recuou 4,7%. Com o resultado de 2019, os peixes nativos passaram a representar 38% na produção total, recuando quase dois pontos percentuais em relação aos 39,84% do ano anterior. (Texto Comunicação – SP).

 Destaques do Conexão Rural do próximo domingo, 23 de fevereiro:

Fazenda Fortaleza, no município de Rondon do Pará, abre espaço para estudantes de medicina veterinária colocarem em prática o que aprendem na teoria nas universidades e realiza Dia de Campo sobre genética;

Autoridades, produtores e trabalhadores rurais discutem em Marabá a regularização fundiária no Pará;

Secretário Especial de Assuntos Fundiários, Nabhan Garcia, afirma que o governo federal entregará 600 mil títulos de terra até 2022 e destaca a importância da regularização fundiária para o Pará e para o Brasil.

O programa traz ainda muita moda de viola.

O Conexão Rural tem produção e apresentação do jornalista Lima Rodrigues; edição de João Pezão Filho, imagens de Adonias Silva, e na assistência de Produção, Ana Cláudia Aragão.

O programa vai ao ar todo domingo às 9h30 pela Rede TV de Parauapebas (PA) e por intermédio da TV Web O Progresso, de Imperatriz (MA) e do site do jornal O Nortão, de Porto Velho (RO).