“Não quero chamá-los de Sem Terra e acampados. Invasão não leva os senhores a lugar algum. Temos leis e precisamos respeitar o Estado Democrático de Direito”, afirmou, em Marabá, o secretário Especial de Assuntos Fundiários, Nabhan Garcia, durante audiência pública sobre Regularização Fundiária.
O secretário Especial de Assuntos Fundiários, com status de ministro, Luiz Antônio Nabham Garcia, participou na segunda-feira (9) na Câmara Municipal de Marabá (PA), de audiência pública sobre Regularização Fundiária, na jurisdição da SR-27, que compreende 39 municípios do sul e sudeste do Pará. O evento foi organizada pelo senador Zequinha Marinho (PA).
A audiência pública contou com a participação de representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra); do presidente do Instituto de Terras do Pará (Interpa), Bruno Kono; do deputado federal Joaquim Passarinho; de prefeitos do sul e sudeste do Pará, vereadores, produtores rurais da região e representantes do Movimento dos Sem Terra (MST), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), entre outras entidades.
Os trabalhadores rurais e até mesmo produtores rurais reclamaram do sucateamento do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), a falta de veículos, de combustível e de funcionários suficientes para atender as demandas do sudeste do sul e sudeste do Pará.
A audiência pública foi aberta com as palavras de agradecimento do presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá, Ricardo Guimarães e em seguida do presidente da Associação dos Municípios do Araguaia e Tocantins (Amat), Wagner Machado.
O vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado do Pará (Faepa), Fernão Zancaner, elogiou a presença do secretário Especial de Assuntos Fundiários, Nabhan Garcia, em Marabá, ressaltando “que o governo federal veio ouvir a classe produtora do Pará, para tentar resolver um passivo de mais de 30 anos na Amazônia, deixado por governos anteriores”.
Segundo Zancaner, os produtores rurais precisam de condições para produzir com tranquilidade. “O Pará é grande e tem terra para todo mundo. O que precisamos é organizar essas bagunça que foi feita por outros governos nos últimos 30 anos. Precisamos resolver a questão fundiária no Pará, unir as forças e voltar a produzir em prol do estado e do Brasil”, disse ele.
Declarações contundentes
O secretário Especial de Assuntos Fundiários, Nabhan Garcia, fez declarações contundentes, para a alegria dos produtores rurais e para o sinal de alerta dos Sem Terra:
“Não quero chamá-los de Sem Terra e acampados. Invasão não leva os senhores a lugar algum. Temos leis e precisamos respeitar o Estado Democrático de Direito”.
“O governo do presidente Jair Bolsonaro vai entregar até 2022 600 mil títulos de propriedades de terra em todo o país. Vocês serão chamados de proprietários. Não haverá nenhum brasileiro em beira de estrada e sendo tratado como massa de manobra de partido político”.
“É preciso haver respeito entre nós e um pacto de cumprimento das leis. Não estamos vendendo demagogia e nem fazendo propaganda do governo. Precisamos promover uma conciliação nacional, com diálogo com os trabalhadores Sem Terra, os movimentos sociais, o Judiciário e o Legislativo, para encontramos uma saída digna para a questão fundiária no Brasil”.
“O governo federal não admite corrupção em hipótese alguma. Sem corrupção sobrará dinheiro para o governo investir no país”.
“Nunca houve um programa de Regularização Fundiária como está tendo agora. O governo editou uma Medida Provisória (91), em discussão no Congresso Nacional, para beneficiar todos os envolvidos nessa questão fundiária”.
Representantes do MST disseram que os movimentos sociais não são contra a titulação de terra, mas sim a favor do aparelhamento do Incra. “O Incra está adormecido. Precisa acordar para a regularização fundiária e a reforma agrária no país. Precisamos avançar com a reforma agrária. O MST está aberto ao diálogo”, afirmaram.
Vereador maranhense participa do Clube de Carros Antigos de Parauapebas
Apaixonados por fuscas. Assim poderíamos definir os integrantes do seleto “Clube Carros Antigos Carajás” (CCAC), de Parauapebas (PA), fundado em 2018, inicialmente com fuscas e opalas, e hoje incluindo outras marcas. Um desses apaixonados por Fusca é o vereador José Pavão (MDB), maranhense de São Luís.
O Fusca chegou ao Brasil em 1950 e começou a ser montado no país em 1953. Em 1996, a empresa deixou de produzir novamente o caro, com uma série especial denominada Sério Ouro. A partir daí, ele só seria produzido no México. Nesse período, foram produzidos no Brasil cerca de 42.000 exemplares. (Fonte: www.carrobrasil.com.br, com informação também sobre o Faixa Branca, o clube de carro antigo de Ribeirão Preto –SP, que promove encontros regularmente).
O grupo tem um compromisso de uma vez por mês se reunir e expor os veículos em algum bairro e, depois, claro, dar uma volta em forma de comboio pelas ruas da cidade.
No final da bonita tarde de domingo (9), os amigos do CCAC levaram suas preciosidades da Volkswagen pela terceira vez nos últimos anos para a Praça de Eventos de Parauapebas e atraíram a atenção das pessoas que por lá passavam. Volantes, estofados, painéis, faróis, enfim, tudo original e os fuscas bem limpinhos, pareciam brinquedos de crianças. “Hoje, somos 55 participantes do CCAC, incluindo representantes das cidades de Curionópolis e Canaã dos Carajás, também no Pará. Começamos com apenas cinco integrantes, mas aí cada um foi falando com outros amigos e hoje o grupo está deste tamanho”, informou o presidente do Clube Carros Antigos Carajás, o administrador de empresas Bruno Cavalcante, natural de Belém, que mora em Parauapebas desde 2007.
Dono de um fusquinha 1968, Bruno disse que sua paixão pelos fuscas vem desde a infância, quando seu pai já possuía carros da famosa marca alemã. “O Fusca nos remete a muita coisa boa da vida, de um passado recente, da nossa juventude”, disse ele, acrescentando que “todos querem preservar seus carros antigos, umas verdadeiras raridades para a gente”.
O vereador José Pavão levou para a Praça de Eventos o fusquinha verde 1969, com a placa de São Luís, sua cidade natal: AHQ 4711. “Eu tenho este fusca há mais de 15 anos, mas já possuí outros fuscas na minha vida. Vim de São Luís rodando nele e fiz uma boa viagem”, afirmou o vereador Pavão, destacando que possuir um fusca faz lembrar vários sonhos de infância. “O Fusca naquela época era o carro da moda. Me sinto bem ser apaixonado pelos fuscas e ter amor por estas relíquias do Brasil”, frisou.
Pavão disse ainda que o hobby pelo fusca remete-o à sua infância, quando a família dele já possuía fuscas. Perguntado pelo repórter se ele venderia o Fusca, o vereador declarou na hora: “Nunca. Amor não tem preço. Isto aqui é coisa de pai para filho”, deixando a entender que no futuro seu filho Thalison, de 12 anos, será o proprietário do fusca verde.
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