Dona Nelle Rogéria Vieira ficou mais de 54 anos sem falar com o pai e agora está muito feliz porque também já falou até com as irmãs em Camanducaia (MG) e em Palmas (TO)
Da esquerda para direita: Dona Nelle (ao centro) e os filhos: Alessandro e a esposa Dirce, o filho Paulo e a filha Ellen
Parte da família de “Seu” Arildo Vieira. Da esquerda pra direita: Renê (neto)e sua esposa Érica, Adlla Márcia (filha) Lucilla (neta) Alison (neto) e sua esposa Sara, e as bisnetas Kauane (a maior) e a pequena Alice
“Seu” Arildo Vieira, a esposa Sílvia, e os bisnetos Felipe e Mateus

Filha reencontra o pai após 54 anos

Antes de contar esta fantástica história, só para informar que, além do trabalho jornalístico que faço no Pará com o programa Conexão Rural, também desenvolvo uma ação social na localização de pessoas desparecidas. Este é o terceiro caso que desvendo e estou investigando mais 25 casos.

Fico feliz quando faço famílias felizes.

Agora, confira esta história que tem como personagens a dona Nelle Rogéria, de São Paulo, e o pai dela, Arildo Vieira, hoje morando em Minas Gerais:

Emocionante e feliz. Assim podemos definir o final da história envolvendo um pai e uma filha e que consegui desvendar nesta segunda-feira histórica, 21 de outubro de 2019. Foram 54 anos sonhando em um dia reencontrar o pai. Eles já se falaram por telefone e em breve se abraçarão ao vivo e em cores.

- Vi meu pai pela última vez quando eu tinha 7 anos de idade, quando ele veio visitar minha mãe aqui em Ribeirão Preto (SP), revelou, por telefone, a dona de casa Nelle Rogéria Vieira Giovinazzo, de 61 anos, viúva e mãe de quatro filhos.

A história começa quando o jovem Arildo Celso Vieira conhece a bonita moça Nair Barbassa em Ribeirão Preto. Os dois se casam e vão morar em Goiânia, a pujante capital de Goiás. Lá, no dia 29 de março de 1958, na Maternidade Dona Gercina, nasce a bela menina Nelle. O casal, entretanto, não vivia bem, discutia muito e a destemida Nair decidiu voltar para Ribeirão Preto com a filha Nelle, de apenas 1 ano de idade. Os pais de Nair ajudaram a criar a menina. Dona Nair morreu em 1999.

A menina Nelle cresceu, se casou e teve quatro filhos: Paulo, funcionário público do governo de São Paulo, Alessandro, policial militar, Ellen, dona de casa, e o Rafael, policial militar. E uma netinha, a Helena, de 2 anos de idade.

Sete anos depois a menina Nelle recebeu a visita do pai em Ribeirão Preto e depois nisso nunca mais teve contato com ele. Até insistiu, pesquisou, ficou sabendo que o “Seu” Arildo havia morado em Niquelândia (GO) e Palmas (TO). “Cheguei até a enviar uma carta para ele em Palmas em um endereço que um parente meu localizou, mas ele já havia mudado de lá e a carta voltou”, disse Nelle. Ela insistiu na busca e descobriu que o pai estava morando em Parauapebas (PA) e entrou em contato comigo. Aí, numa rápida investigação descobri que o Sr. Arildo já não estava mais em Parauapebas, mas sim em Camanducaia (MG). Para chegar até esta informação falei com pessoas de Xinguara (PA) e fiz outras pesquisas.

Após alguns telefonemas e investigações, cheguei até a filha de “Seu” Arildo, Leda Vieira, pastora que mora em Palmas. Ela me informou que o pai estava morando com a irmã dela, Adlla Márcia, em Camanducaia e me contou mais um pedaço da história.

Após se separar da dona Nair, “Seu” Arildo se casou com a dona Lucília Ribeiro e o casal teve sete filhos: Adlla Márcia, Leda, Leslie, Celso, Ulisses, Hélder e Cláudio. Dois irmãos moram em Palmas, uma irmã em Ourilândia do Norte (PA), três irmãos em Goiânia e uma irmã, em Minas Gerais. Dona Lucília morreu aos 43 anos de idade, após cerca de 25 anos de um feliz casamento com o “Seu” Arildo, hoje com 87 anos de idade, e bisavô do Altieres, Fabrício, kauane, Alice, Murillo, Elisa, Frederico, Lorenzo, Lua, José Pedro, Felipe, Mateus, Leanne, Luna e Lincoln. E na segunda-feira (21), com a chegada da filha Nelle, também chegou mais uma bisneta: a Manuella, filha do Higor (casado com a Hully) filho mais novo do “Seu” Arildo, o Cláudio, casado com a Adriane. “Seu” Arildo tem 15 netos.

Ah, e a bisneta Helena, de 2 aninhos, neta da filha Nelle, que mora em Ribeirão Preto.

Após a morte de dona Lucília, “Seu” Arildo se casou com a dona Sílvia, que também era viúva, mas com ela não teve filhos. Dona Sílvia já tinha 4 filhos.

Depois de obter muitas informações com a dona Leda sobre a família Vieira, voltei a conversar – por telefone - com a senhora Nelle, em Ribeirão Preto, e passei os contados de suas irmãs em Palmas e em Camanducaia. As conversas foram emocionantes.

Primeiro, a Nelle ligou para a Leda em Palmas. Ambas revelaram que a conversa foi maravilhosa. Depois, a Nelle ligou para a irmã Adlla Márcia em Minas Gerais e houve mais emoção ainda. Na hora que ligou para o pai, ele estava dormindo. Então, ela ligou mais tarde e já conversaram felizes da vida e me revelou por telefone que foi muito emocionante. Nesta terça-feira todos voltam a se falar com mais calma e tranquilidade e devem até combinar um reencontro “ao vivo”, provavelmente em Camanducaia.

A pastora Leda me informou que o pai dela está passando uma temporada em Minas Gerais porque a esposa dele, Sílvia, está nos Estados Unidos com os filhos dela e só retorna ao Brasil no final de outubro. E como disse anteriormente, a dona Sílvia não teve filhos com o “Seu” Arildo. Mas isso não é problema. A família de “Seu” Arildo agora está maior ainda com a chegada da filha goiana Nelle Rogéria Vieira, seus filhos, noras, netos, e a bisneta Helena, e da bisneta Manuella, que chegou ao mundo na segunda-feira, dia 21 de outubro. Um DIA histórico.

Que a família seja feliz para sempre com a graça de Deus.