Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, se reuniu com autoridades da Arábia Saudita com o objetivo de abrir aquele importante mercado para o agronegócio brasileiro
Em março de 2018 o repórter José Neves, que morreu dia 21 de setembro, me entrevistou em Parauapebas para a TV Liberal/Globo sobre meu livro infantil "Pituco, o defensor dos rios e das florestas"

Ministra Tereza Cristina encerra viagem ao Oriente Médio com abertura de mercado para produtos brasileiros

 

Após lutar e conseguir abrir o mercado chinês para 25 plantas frigoríficas, incluindo os estados do Pará e do Tocantins, com o apoio do ministério das Reações Exteriores e da Embaixada do Brasil em Pequim, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, foi mais longe lutar pela abertura de novos mercados para a carne brasileira. Agora, ele percorreu o Oriente Médio e obteve bons resultados.

 

Comitiva liderada pela ministra viajou para quatro países árabes: Egito, Arábia Saudita, Kuwait e os Emirados Árabes Unidos

Entre os dias 11 e 23 de setembro, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) liderou missão ao Oriente Médio. A comitiva passou por quatro países: Egito, Arábia Saudita, Kuwait e os Emirados Árabes Unidos. 

Nesse período, a ministra reuniu-se com autoridades de governo e empresários. Foram anunciadas novas importações de produtos brasileiros, como lácteos, frutas, mel e castanhas. Tereza Cristina encontrou-se ainda com investidores para discutir oportunidades de negócios em obras de logística no Brasil, que visam tornar o agronegócio mais competitivo. 

Em 2018, as exportações agropecuárias para 55 países árabes somaram US$ 16,13 bilhões, o que representa 19% do total das vendas externas do agro brasileiro. O comércio pode crescer ainda mais com investimentos e negócios em toda a cadeia produtiva, como maquinário, estocagem, tecnologia e inovação.

Egito

No Egito, a ministra Tereza Cristina anunciou a abertura do mercado para produtos lácteos brasileiros. Aguardada desde 2016, a entrada dos produtos do Brasil poderá atingir um mercado de 100 milhões de consumidores. 

Arábia Saudita

Na Arábia Saudita, a ministra Tereza Cristina finalizou acordos que ampliam a pauta exportadora de produtos do agronegócio brasileiro ao Reino. Foram autorizadas pela SFDA, autoridade sanitária saudita, as compras de castanhas, derivados de ovos e a ampliação do acesso a frutas brasileiras. Somados, os produtos representam um mercado potencial superior a US$ 2 bilhões.

Kuwait

O Brasil poderá exportar mel para o Kuwait. Durante a visita da ministra, o governo daquele país anunciou a abertura do mercado para o mel brasileiro, uma autorização que era aguardada desde 2016. Para viabilizar o intercâmbio, o governo do Kuwait concluiu a certificação sanitário do mel.

As exportações brasileiras para o Kuwait, em 2018, foram de US$ 209,4 milhões, o equivalente a 215.463 toneladas.

Emirados Árabes

No último país da missão ao Oriente Médio, a ministra apresentou oportunidades de investimento em infraestrutura no Brasil, visando solucionar gargalos enfrentados pelo agronegócio. Durante reuniões em Abu Dhabi, foram detalhados empreendimentos previstos no Programa de Parcerias de Investimento (PPI).

Entre projetos apresentados estão a Ferrogrão e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, corredores ferroviários que serão importantes para o escoamento da produção de grãos e transporte até os portos. Em março, o Brasil e os Emirados Árabes assinaram um acordo com o objetivo de estimular, simplificar e apoiar investimentos bilaterais.

Quatro frigoríficos do Pará já estão exportando para a China, o maior mercado de carne bovina do mundo.

Vale a pena voltar um pouquinho no tempo e lembrar que o anúncio oficial da abertura do mercado chinês para mais 25 plantas frigoríficas do Brasil, incluindo quatro do Pará, foi feito dia 10 de setembro pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, após receber dia 9 de setembro o comunicado do GACC, órgão sanitário chinês.

O número de plantas frigoríficas habilitadas passou de 64 para 89, de acordo com o ministério da Agricultura. Dos novos estabelecimentos habilitados, 17 são produtores de carne bovina, seis de frango, um de suíno e de um de asinino, isto é, carne de jumento.

Além da ministra Tereza Cristina, o governador do Pará, Helder Barbalho, também teve um papel muito importante nesta luta pela abertura do mercado chinês para a carne paraense.

Do Pará, foram habilitadas quatro plantas frigoríficas para a exportação de carne para a China: Frigorífico Rio Maria, da cidade de Rio Maria, no sul do estado; Master Boi, de São Geraldo do Araguaia; Mercúrio Alimentos, de Castanhal, e Frigol, de Água Azul do Norte, no sudeste paraense.

De acordo com o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Pará, o Sindicarne, o estado tem 38 indústrias com inspeção, sendo que dessas 18 estão adequadas para exportar e que juntas comercializaram no ano passado 500 mil toneladas de carne e geraram mais de 15 mil empregos diretos e cerca de 70 mil indiretos.

Ainda segundo o Sindicarne, antes da Egito, os maiores importadores da carne paraense eram o Egito e Hong Kong. E a previsão é que até o final deste ano sejam exportadas para a China 60 mil toneladas de carne pelos quatro frigoríficos habilitados pelo GACC, o órgão sanitário chinês.

Jornalista maranhense morre em Parauapebas

 

O jovem e competente repórter José Neves, natural de Santa Luzia do Tide (MA), de 36 anos, morreu dia 21 de setembro em Belém, vítima de infecção pulmonar.

Neves, como era chamado carinhosamente pelos amigos, trabalhava há 14 anos na TV Liberal, afiliada da TV Globo no Pará. Ele fez inúmeras matérias sobre os mais diversos assuntos do sudeste do Pará, desde meio ambiente, passando pela questão mineral, o ecoturismo e até sobre corrupção, algumas, inclusive, emplacadas na grade nacional da TV Globo.

O enterro do corpo de José Neves ocorreu no domingo, dia 22, e contou com a presença de autoridades municipais, jornalistas, empresários e colegas de trabalho da TV Liberal e causou grande comoção.

José Neves era órfão de pai e mãe e veio do Maranhão há 14 anos para trabalhar na TV Liberal. Ele era muito simpático e querido por todos os colegas de profissão. Parauapebas e o Pará perderam um grande repórter.

 

Conexão Rural

O programa Conexão Rural do próximo domingo traz uma reportagem especial sobre a abertura do mercado chinês para a carne paraense, os bastidores do Leilão do Grupo Rio Vermelho (Família Quagliato) em Xinguara (PA) e a música do cantor sertanejo goiano Marcondes Marques.

O Conexão Rural pode ser visto no site do jornal O Progresso.