Jornalistas do Agronegócio se encontram em Road-show
Fantástica. Assim poderíamos definir a experiência de participar de mais um Road-show para Jornalistas e Influenciadores Digitais do Agronegócio, a convite da Texto Comunicação Corporativa (SP), de 11 a 15 de março em São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso Sul. Eu e o cinegrafista Maurício de Sousa participamos do evento pelo terceiro ano consecutivo. As matérias produzidas serão veiculadas no Conexão Rural, programa que produzo e apresento há 7 anos em Parauapebas (PA), há um e sete meses na Rede TV.
Foram selecionados cerca 20 jornalistas do agro de quase todo o Brasil, incluindo estados como São Paulo, Acre, Pará, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O Road Show para Jornalistas do Agronegócio é muito importante porque reúne os melhores repórteres do agro para conhecer grandes projetos e empresas do agronegócio, incluindo a maior produtora de touros Nelore do país, o maior produtor de alevinos de tilápia do Brasil, a líder mundial em produção de carnes, a líder na produção de nutrição animal, uma das maiores empresas na área de confinamento de gado do país, e uma das melhores empresas do país em se tratando de melhoramento genético, além da Central de Selagem de Vacinas contra Aftosa, em Vinhedo (SP) e a startup (empresa emergente) Território da Carne, entre outras empresas.
Casa Branca Agropastoril
Na manhã do dia 11 de março o primeiro compromisso dos jornalistas que participaram do Road-show foi visitar as instalações da fazenda Santa Ester, em Silvianópolis (MG), da Casa Branca Agropastoril.
Os jornalistas foram recebidos pelos diretores da empresa, que conta hoje com cinco fazendas no sul de Minas Gerais. São mais de 25 mil hectares e quatro mil cabeças de gado.
O gerente de pecuária Heitor Pinheiro Machado disse que a Casa Branca Agropastoril destaca-se pela criação de três raças de corte distintas: Angus, Brahman e Simental, “cada uma com suas fortalezas muito bem estabelecidas para a produção de carne bovina”.
Angus
O Angus, um campeão mundial de carne gourmet, está associado à ideia de animais com excelente desenvolvido muscular, destacada deposição de gordura entremeada, ou seja, marmoreio, carne macia, precocidade de acabamento e fertilidade comprovadas.
O uso de reprodutores angus ou de seu sêmem ou de embriões da Casa Branca no cruzamento industrial com vacas zebuínas tem auxiliado a produção de carne de qualidade no brasil.
Brahman
Raça bovina zebuína com maior presença em todo o mundo, o Brahman chegou oficialmente ao brasil há pouco mais de 20 anos. A Casa Branca investe no Brahman porque acredita na aptidão do zebu para o clima tropical e porque reconhece na raça característica muito importante, que se integram perfeitamente ao perfil da pecuária brasileira.
Um dos mais importantes atributos dos reprodutores Brahman Casa Branca é a funcionalidade. Eles conseguem trabalhar a campo em condições desafiadoras e têm excelente libido. Suas crias são de ótima conformação, nascendo bem e com rápido ganho de pessoa. As fêmeas mães são férteis desde cedo.
Essa combinação de características dos machos e das fêmeas faz da genética Brahman Casa Branca uma excelente opção para pecuaristas que valorizam o zebu.
Simental
Já a raça Simental está há mais de um século no brasil. Essa informação por si só demonstra como essa opção genética se adaptou extremamente bem às condições do país, tanto é verdade que o Simental está presente em todas as regiões: do sul, passando pelo sudeste e centro-oeste ao norte, e com resultados produtivos e reprodutivos superiores.
Também pesam a favor do Simental sua capacidade de ganho de peso, associada à grande musculosidade. Por outro lado, cria bem e se destaca pela ata habilidade materna.
CFM NELORE
Outro destaque das visitas dos jornalistas do agronegócio foi à Fazenda São Francisco, da CFM Agro Pecuária, em Magda, São Paulo.
Os jornalistas foram recebidos pelos diretores da CFM e em seguida ouviram explicações do Gerente de Pecuária, Tamires Neto, sobre a história do grupo e sua atuação no mercado do nelore no Brasil.
Ele disse que o grupo Casa Branca foi fundado em 1908 por uma família inglesa com a implantação do Frigorífico Anglo, que tinha atuação no Pará e em São Paulo nas áreas de frutas, cana de açúcar e florestas. E que a partir de 1920 o grupo passou a atuar diretamente com Nelore e hoje tem seis fazendas em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Bahia, com 120 mil hectares de terras próprias.
Ramires Neto disse que atualmente a Casa Branca Agropastoril atua apenas na área de gado, cana de açúcar e eucalipto. São 29 mil hectares de cana de açúcar; 12 mil hectares de eucalipto e cerca de 30 mil cabeças de gado nelore.
Só no ano passado, a Casa Branca faturou 250 milhões de reais e é líder de vendas no mercado de touros Nelore, com destaque para o programa de seleção de melhoramento genético visando fertilidade e precocidade.
Outras visitas
Os jornalistas visitaram ainda, a convite da Phibro Animal Health Corporation, a Minerva Foods, em Barretos (SP), que é líder em exportação de carne bovina na América do Sul e atua também no segmento de processados, comercializando seus produtos para mais de 100 países; o Confinamento Campanelli na Fazenda Santa Rosa, no município de Altair (SP), que tem capacidade estática de confinamento de 18.500 bois (mas no dia da visita estava com mais de 25 mil bois), e terminação de gado de cerca de 60 mil cabeças por ano; a unidade da Aquabel em Paranaíba, em Mato Grosso do Sul, que é o maior produtor de alevinos de Tilápia do Brasil, e tem atuação em seis estados, incluindo o Tocantins; e a Tilabras em Selvíria, também em Mato Grosso do Sul, que desenvolve um projeto de piscicultura envolvendo investimentos totais estimados em R$ 200 milhões, com geração de até 2,7 mil empregos, sendo 800 diretos. A fase inicial do projeto inclui frigorífico com capacidade de processamento de 10 mil toneladas de peixe por ano.
Houve ainda visitas às seguintes empresas do agronegócio:
TROUW NUTRITION (Unidade industrial de Mirassol/SP)
CENTRAL DE SELAGEM DE VACINAS CONTRA AFTOSA (Vinhedo/SP)
TERRITÓRIO DA CARNE (São Paulo/SP)
Programa de Eficiência de Carcaça (PEC)
Os pecuaristas do Tocantins e Goiás têm até agosto para se inscreverem no Programa de Eficiência de Carcaça (PEC), iniciativa da Phibro Animal Health e da Minerva Foods, que contribui para a melhoria dos bovinos levados ao abate, atendendo às exigências do mercado por carne de melhor qualidade.
Para participar do PEC, os pecuaristas devem se cadastrar no site www.minervafoods.com/pec. O programa vai até agosto e os pecuaristas poderão se inscrever durante todo o período de avaliação dos abastes. Os animais abatidos serão avaliados e os produtores receberão orientação para focar nos pontos de melhoria das carcaças, conforme destacou Newton Teodoro, gerente de Produtos da Phibro.
O PEC é um programa de reconhecimento e divulgação das melhores práticas para uma pecuária eficiente, buscando a integração da cadeia produtiva, aproximando produtores, indústria da carne, indústria de insumos e pesquisa.
É um projeto de médio a longo prazo, que oferece –a partir de orientação e processos –oportunidades para os produtores melhorarem sua eficiência em termos de padronização e produção de carcaçascom maior valor percebido junto aos consumidores.
É sustentado pela temática da “padronização que gera resultado” e tem como base produtiva o conceito do BOI 7-7-7, da APTA –Colina.
Tereza Cristina: “A agricultura brasileira vai continuar crescendo sem destruir sequer uma árvore” |
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Ao participar de painel sobre oportunidades de investimentos no Brazil Day in Washington, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirmou na segunda-feira (18) que a agricultura brasileira tem capacidade para aumentar em 30% a produção de alimentos “sem destruir sequer uma árvore em todo o nosso território”. A afirmação foi feita a empresários e executivos de grandes empresas americanas em resposta a uma questão levantada por Donna Hrinak, CEO da Boeing no Brasil, moderadora do evento, sobre supostos impactos ao meio ambiente provocados pela produção agrícola brasileira. “A agropecuária brasileira vai continuar crescendo sem desmatar uma única árvore sequer”, respondeu a ministra. “Nós temos capacidade de incluir quase 30% a mais de produção sem destruir sequer uma árvore, um pé de árvore em todo o nosso território”. “E, assim mesmo, o mundo ainda nos ataca, dizendo que somos transgressores da lei. O produtor brasileiro produz de forma sustentável, com todas as dificuldades de infraestrutura que ele enfrenta em nosso país”, afirmou ao lado dos ministros Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) e Bento Costa Lima Leite (Minas e Energia). A ministra explicou aos investidores que o Brasil precisa continuar buscando novos mercados pelo mundo, porque a produção brasileira “continua a crescer de maneira sustentável”. E afirmou: “Temos uma missão de colocar, até 2050, 40% a mais de alimentos na mesa do mundo”. Ela ainda explicou que o Brasil hoje tem acesso a vários mercados mundiais e quer reforçar seus laços de parceria com os Estados Unidos. “Estamos vindo discutir os nossos mercados, que são muito parecidos na agropecuária”, disse a ministra. A ministra também falou do novo momento vivido pelo país, a partir da eleição do presidente Jair Bolsonaro, em outubro do ano passado: “Existe um otimismo do brasileiro de que o país vai para um novo mundo. O setor produtivo brasileiro está apostando todas as suas fichas neste governo, as reformas econômicas devem acontecer em breve para que o brasil entre nos eixos, e sob o comando do presidente Bolsonaro, acho que o Brasil entra numa nova era, num novo tempo, em que as relações serão melhores entre a política, o Judiciário e o Executivo. Queremos um Brasil globalizado, aberto de lá para cá e daqui para lá. É isso que queremos no novo momento que vivemos no nosso país”. Em seu discurso inicial, a ministra fez uma firme defesa de um comércio mundial “equilibrado e justo”. Ela lembrou que o Brasil é o terceiro maior exportador agrícola do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da União Europeia, com 7% do total do comércio agropecuário internacional, mas continua “trabalhando incansavelmente” pela abertura de mercados e por condições iguais nos mercados que já estão abertos.
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