Até quando?
Até quando o Brasil vai viver de crise em crise, de disputas internas dentro de partidos e dentro dos governos (federal, estaduais e municipais) e do chamado ditado popular “cobra engolindo cobra”?
Está na hora de o novo governo começar a trabalhar pra valer, controlar os impulsos familiares e colocar na cabeça de alguns parentes e amigos que o capitão da reserva e ex-deputado federal Jair Bolsonaro agora é o presidente da República Federativa do Brasil. Não dá para ficar toda semana vendo o vazamento de informações para colunistas ou comentaristas de jornais e de televisão com o objetivo de “derrubar” este ou aquele integrante do governo.
Cobri o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional por mais de 20 anos para a Rádio Nacional, Rádio Eldorado e Rádio Bandeirantes (SP), entre outras emissoras, e conheço bem os bastidores da política em Brasília.
Sei como funciona os chamados “off” dos salões Verde (Câmara dos Deputados e Azul (Senado) e a convivência diária nos corredores do Congresso Nacional. Já vi “namoro” de ministros com belas jornalistas, namoro de secretárias ou assessoras com deputados ou senadores, “vazamento” de notícias propositalmente para beneficiar ou prejudicar fulano ou beltrano. Vi tanta coisa.
Quando um deputado chega à Câmara, mesmo vindo de uma Câmara de Vereadores ou de uma Assembleia Legislativa, ele chega cru e os mais espertos procuram uma forma de se destacar na imprensa nacional. Alguns conseguem com maestria. Outros se “destacam” pelo besteirol que produzem, tipo apresentar determinado projeto sem pé ou sem cabeça que não terá nenhuma influência no dia a dia do povo brasileiro. Por exemplo: criar uma data nacional, proibir o uso do nome de Cristo em determinadas ocasiões ou situações ou querer acabar com determinada lei já consolidada no país. Às vezes, o novato, mesmo bem assessorado, confunde o que pode ser apresentado em forma de Projeto de Lei e o que pode ser apresentado em forma de Proposta de Emenda Constitucional (PEC).
Tem deputado que foge do plenário da Câmara e passa a maior parte do tempo acompanhando prefeitos ou vereadores em audiências pelos ministérios em busca de recursos para os municípios de seus estados, independentemente do prefeito ou vereador ser aliado ou adversário.
Tem deputado que quase não vai para os ministérios e se preocupa em falar todo dia no plenário da Câmara, abordando os mais absurdos temas: desde o aniversário de determina vila ou cidade de sua base eleitoral, o aniversário do padre, do bispo ou do pastor ou sobre o falecimento de determinado empresário ou liderança política de sua região. Chega a ser chato.
Tem deputado que se destaca para a imprensa pelo dom da articulação. Ele sabe articular uma votação de um projeto importante, consegue a aprovação numa comissão com sucesso e também no plenário, mesmo não sendo líder do governo ou líder da oposição. É o chamado trabalho de bastidores. O ex-deputado Sigmaringa Seixas (DF), que morreu recentemente, era especializado em bastidores. Um craque.
E tem deputado que consegue espaço na grande mídia praticando a política da boa vizinhança, isto é, passando informações em “off” (sem aparecer) para os jornalistas, especialmente colunistas, e em troca ganha de vez em quando a oportunidade de repercutir em “on” (aparecendo) determinada notícia ou alguma medida adotada pelo governo. Conheci um deputado de um estado do Nordeste (já falecido) que conquistou os jornalistas dessa forma, foi reeleito umas três vezes deputado federal, senador e governador e de seu estado. Sabia fazer política.
O jornalista por sua vez sente-se feliz em dar um furo (notícia em primeira mão), mas tem que fazer isso com responsabilidade, checando a informação com várias fontes oficiais, sem revelar o nome de sua fonte. Claro, que há casos nitidamente visíveis e intencionais, com o apoio dos patrões, que o jornalista bota é para lascar, como diz no ditado popular, para ver o bicho pegar fogo e alguma autoridade ser fritada e bem fritada. Já houve casos famosos em que determinado ministro foi sendo fritado por semanas na imprensa até não aguentar e cair de maduro.
Até quando vamos ver na política brasileira as frigideiras dos políticos atuando diariamente na Esplanada dos Ministérios a favor ou contra determinados grupos?
Seria interessante que a imprensa brasileira de um modo geral ocupasse seu espaço divulgando bons projetos, bons exemplos de administradores ou políticos sérios (prefeitos, deputados, senadores, governadores e até o presidente da República), mas isso não vende jornal e nem dá ibope. O que dá ibope é fritar e derrubar alguma autoridade com uma semana, um mês, um ano ou mais anos de governo. O que rende é a denúncia: falsa ou verdadeira. Até quando?
Agronegócio
CFM vendeu 1.353 touros Nelore CEIP para 14 estados, em 2018. Alguns pecuaristas são do Maranhão, Pará e Tocantins.
Com o objetivo de melhorar cada vez mais o rebanho de suas fazendas, pecuaristas do Maranhão, Pará e Tocantins estão sempre adquirindo touros Nelore CEIP* em São Paulo e uma das empresas preferidas é a CFM Agro-Pecuária, que tem sede em São José do Rio Perto (SP).
A CFM vendeu 1.353 touros Nelore CEIP em 2018. Esse excelente resultado foi obtido com a realização de três leilões entre os meses de agosto e novembro (Megaleilão Nelore CFM, Bull Trade e Virtual CFM), além das vendas efetuadas diretamente nas fazendas do grupo. Em 2018, a CFM comercializou touros para 14 estados brasileiros. Foram mais de 100 clientes atendidos, espalhados por MS, MT, PA, GO, MG, SP, TO, PR, MA, AM, AL, RJ, RN e RO.
“O ano de 2018 foi marcado por incertezas e cautela nos investimentos, mas, novamente, a fidelidade de nossos clientes garantiu um excelente resultado de vendas à CFM”, comenta Tamires Neto, gerente de pecuária da CFM.
A expectativa da CFM para 2019 é de um ano com maior valorização do boi gordo e, por consequência, da genética de qualidade. “Já podemos notar confiança maior dos pecuaristas, o que significa boas perspectivas para a cadeia da carne bovina como um todo”, destaca Neto.
*O que é o CEIP?
É o Certificado Especial de Identificação e Produção (CEIP) criado pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e que garante que o animal que o recebe apresenta desempenho produtivo muito superior à média dos animais de sua geração.
Mais informações sobre a CFM:
www.agrocfm.com.br,faleconosco@agrocfm.com.br; Facebook.com/agrocfm, telefones (17) 3214-8700 e (17) 99775-3618.
Ministra da Agricultura vai discutir na Câmara retorno de desconto na conta de energia elétrica dos produtores rurais
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Em visita à Usina Japungu, em Santa Rita, na Paraíba, onde se reuniu no sábado (16) com produtores do setor sucroalcooleiro, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) defendeu que o Congresso Nacional discuta o decreto assinado pelo ex-presidente Michel Temer, em 28 de dezembro do ano passado, que vai acabar com os descontos para produtores rurais no pagamento das contas de energia elétrica. A ministra disse que ouviu queixas do setor produtivo durante toda a sua visita ao Nordeste. Tanto os pequenos produtores quanto os grandes reclamaram de altos custos da energia, nos quatro estados por onde a ministra passou: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. Tereza Cristina disse que foi convidada a debater o assunto nesta semana com a liderança do governo na Câmara dos Deputados, onde ela soube que já está havendo uma mobilização contra o fim dos descontos na conta de luz. “O decreto vai contra tudo o que estamos discutindo com o setor produtivo”, disse a ministra aos produtores da Paraíba. Ela explicou, no entanto, que os parlamentares terão de tratar da questão diretamente com a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, a quem cabe dar a palavra final sobre o tema. O decreto de Michel Temer determinou a redução dos descontos para produtores rurais em 20% ao ano, até chegar a zero daqui a cinco anos. Atualmente o setor produtivo tem uma redução nas tarifas que varia de 10% a 30%. Os agricultores argumentam que os altos preços da energia impactam muito custo da produção. A ministra ouviu reclamações em todas as reuniões, tanto dos pequenos agricultores que plantam acerola orgânica no projeto Tabuleiros Litorâneos, em Parnaíba, no Piauí, por exemplo, quanto dos produtores do setor de açúcar e álcool da Paraíba. Na reunião com o setor, Tereza Cristina defendeu também que o Ministério da Agricultura tenha um programa nacional de irrigação para o campo, de forma a tentar melhorar o abastecimento de água para os produtores do Nordeste. Hoje, os programas de irrigação estão vinculados ao Ministério da Infraestrutura. Ela também defendeu o projeto RenovaBio, a política para biocombustíveis que está sendo implementada no Brasil, e disse que vai estudar como fazer a cultura do algodão voltar a crescer novamente no Nordeste. (Resumo de matérias – releases - enviadas para a coluna pela assessoria de imprensa do Ministério da Agricultura). (A ministra Tereza Cristina visitou ainda fazendas e projetos no Ceará, Piauí e no Rio Grande do Norte). Boa semana todos e até quarta-feira com saúde e paz. |
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