Apesar do avanço das novas mídias, a média de permanência do brasileiro em frente à TV aumentou progressivamente nos últimos anos. Em 2011, o televisor ficou ligado nove minutos a mais que em 2010 e 20 minutos mais que em 2009, segundo levantamento do Ibope Media.
De 2010 para 2011, o acréscimo do consumo de TV aberta entre as mulheres foi de oito minutos, já entre os homens foi um pouco maior, de 11 minutos. Os dados são baseados no PNT (Painel Nacional de Televisão), como o Ibope chama sua medição nacional.
Todos os segmentos etários e econômicos registraram aumento no tempo de permanência com o televisor ligado, diferentemente de 2010, quando houve queda no consumo de TV pelos mais jovens e mais ricos.
A maior alta se verificou nas classes DE. Pessoas com menor poder aquisitivo passaram a assistir televisão durante 6 horas e 16 minutos por dia, quase meia hora a mais do que em 2010 (5 horas e 50 minutos). Diariamente, eles veem 1 hora e 20 minutos a mais de TV do que os mais ricos (AB).
A diretora comercial do Ibope Mídia Brasil, Dora Câmara, atribui o incremento no consumo de TV à programação de qualidade oferecida pelas emissoras. “As novas mídias não estão afastando o telespectador da TV porque as pessoas dividem seu tempo entre todas as mídias”, afirma.
De acordo com ela, o instituto de pesquisa estuda uma forma de medir a audiência da TV também nos dispositivos móveis, visto que cresce o uso de novos meios de ver TV, a exemplo do sinal OneSeg (TV aberta digital no celular), TVs portáteis e digitais nos automóveis.
“Acredito que, conforme a demanda por esses dados de audiência forem aumentando, o publicitário e os próprios veículos irão colaborar conosco para acelerarmos a construção de um modelo eficiente de medição.
Algumas empresas tem apresentado estudos sobre hábitos de consumo por parte do usuário. A Motorola Mobility, comprada pelo Google em 2011, apresentou levantamento mostrando que 34% dos brasileiros usam dispositivos móveis como PC, smartphone ou laptop para ver televisão.