Em campanha política, dependendo da cidade, o marqueteiro contrata pessoas comuns, geralmente desempregadas, para – em duplas – circularem os bares das periferias e puxarem conversa sobre política, tipo: “Rapaz, o candidato tal desistiu de ser candidato porque viu que não ganharia e foi abandonado por seu grupo político”. O sujeito ao lado escuta a conversa e sai espalhando dizendo que ouviu no bar tal. Isto se prolifera em questão de minutos. Aí, véspera de eleição, às vezes é tarde para o candidato prejudicado reverter a situação provocada por um boato articulado.
Edição Nº 14709
Boato em campanha
Lima Rodrigues
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