Além de contribuir com o escoamento da produção, a Seaap também buscou melhorar o acesso aos povoados, onde se concentra a maior parte da produção agrícola do município. Em trabalho desenvolvido com a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Sinfra), foram recuperados quase 60 quilômetros de estradas vicinais. Além disso, mais de 27 quilômetros estão em fase de construção.
José Fernandes destaca que, mesmo com o aumento e a maior qualidade da produção, era necessário dar condições para que as famílias pudessem negociar o excedente. “Nós percebemos que, com a produção em mãos, eles [produtores] não tinham como vender porque não tinham como sair dos povoados. Era preciso criar condições para isso. Conseguimos transporte e recuperamos estradas. Hoje, o que é produzido nos povoados chega à mesa da população do centro de Imperatriz”, disse.
A Prefeitura e a Seaap também trabalharam para levar água às famílias de Imperatriz. Nos últimos quatro anos cerca de 20 mil famílias foram beneficiadas pelo trabalho desenvolvido em 21 poços.
Um destes poços foi perfurado no povoado Olho d’Água dos Martins, a 40 quilômetros do centro de Imperatriz. No local, duas faixas parabenizavam a Prefeitura por revolver um problema que já durava 30 anos. Na primeira, havia a frase “Obrigado Madeira pela água. 30 anos de espera”. Já na segunda, estava escrito “30 anos de espera. Agora temos água em abundância. Obrigado Madeira”.
O último poço construído neste povoado havia sido perfurado ainda no governo do prefeito José de Ribamar Fiquene (1983-1988), com 60 metros de profundidade. O novo tem 330 metros. Mesmo com as faixas, os moradores não deixaram de agradecer pessoalmente pela obra. Foi o caso do morador Sebastião Ferreira. “Não tem nada melhor que água. Água é vida. Foi uma coisa muito boa que o nosso prefeito fez foi [trazer] essa água, porque não dá para ficar carregando lata d’água na cabeça em uma época dessas, é desumano. Ele [prefeito] viu isso e trouxe essa obra maravilhosa para cá”, disse.