Amor...  meu grande amor...

Dia desses, tamanha 11 do dia, temperatura a 40 graus e lá se vai um casal de fedelhos afro-descendentes. Pequeninos os dois, desses que pelo se seu biótipo vão ficar miúdos para sempre; ambos impúberes, treze, catorze anos no máximo, caminhavam pelas ruas braços dados e enrolados entre si, tal o “amor” que os envolve. Sem vocação para “futurologista”, sem bola de cristal e sem tarô mas, olhando a cena  e a entrega explícita  e recíproca dos dois, pude ver o futuro que os espera. Fosse no meu tempo de Rádio Imperatriz, o episódio me renderia um tema para o quadro de sábado em... “AMOR - MEU GRAAAAANDE AMOR”.

Lava-jato
        
A palavra lava-jato hoje, neste país tupiniquim, exala um mau-cheiro asqueroso e imundo que revela a podridão que emerge dos bastidores da política que afundam este país. Afinal, nunca nenhuma investigação rendeu tantos nomes, tantos desdobramentos, tanta falcatrua, tanta Petrobras, tanto dinheiro, tantos crimes, tantas delações premiadas, tantas empreiteiras, tantos políticos, tantos endinheirados, tanto planalto, tantos engravatados, tanto PT, tanta roubalheira, tanta cara da política brasileira, como tem sido essa famigerada LAVAJATO.
Na última terça-feira, no ”Jornal das oito”, desfiou uma “quêra”  de nomes dos medalhões  da pocilga; nomes que qual um câncer, estendem seus tentáculos e crescem a cada passa da investigação. Impressionante? Não! Disso a gente  nas entrelinhas já sabia, já estava escrito, faltava só a publicação oficial. Nesse pântano, é evidente que existem muitas divergências e contradições e só uma coisa é ponto comum, pacífico: TODOS NEGAM E RENEGAM como numa orquestra, o néctar que sorveram. E cospem  no prato que comem e comeram. E cospem pra cima. Mas está escrito em nosso cordel tupiniquim que “... não há quem não  cuspa pra cima que não  lhe caia na cara”...

POLEGADA E O SEU CELULAR

Essa semana me encontrei com o popular POLEGADA, ele mesmo que dava as cartas em tempos de PMB, de Cid Carvalho, de Ildon Marques. E por aí a fora. Do nada, saca de um celular desses que a ladroagem de Imperatriz  sonha e chora por um, lembra os cantores DICRÓ e Bezerra da Silva e me mostra um vídeo de uma música (um samba) que faz uma paródia do LULA no Tribunal, NEGANDO tudo-tudo-tudo o quanto lhe perguntam: o sítio de Atibaia, o jato, o Instituto, o triplex  e até o próprio filho. Fiquei vendo então quanta criação, quanta engenharia da  mente na composição da música, do humor e da sátira que revelam a teia em que está enrolada a “estrela do PT”.

UMA PALESTRA!!! UMA DINHEIRAMA”!!!

A palavra “palestra” me remete a um velho tempo em que palestrar era conversar, dialogar com os amigos; uma prosa saudável de um tempo nostálgico. Também me remete a um antigo chacareiro, mais que amarrotado pelo tempo, mentiroso todo que dizia que tinha uma “palestra” com uma jovem colegial sua musa  e namorada. Pura invencionice.
Curioso, fiquei sabendo pelo “Jornal das oito” que, pago por empreiteiras e outros bichos de pena que, uma PALESTRA do ex-presidente, estrela do PT, capitaneado pelo instituto que leva o seu nome custa nada menos que “MAIS DE SETECENTOS MIL REAIS”. E então fui fazendo as contas: cinquenta, sessenta minutos de “palestra” por uma dinheirama dessas? Como o ”Jornal das oito” disse: “mais de setecentos mil reais, por palestra” arredondemos para SETECENTOS E VINTE MIL REAIS, o equivalente a R$ 1.200,00 por cada minuto. Ainda que tudo isso seja uma “lavagem”, convenhamos: é uma lavanderia!!!
- Lembrei-me então de uma loa (uma fábula) que contavam nos meus tempos de colegial: o homem levou o seu relógio ao relojoeiro, para conserto. Lá, na hora à vista do freguês, o relojoeiro apertou um parafuso e pronto! O defeito estava corrigido! E o valor da mão de obra? Um grana! Tudo isso? “Os olhos da cara”, exasperou-se o freguês. Aí o relojoeiro justificou: “sabe quanto tempo eu passei estudando e praticando para aprender a dar um aperto no parafuso? Sabe quanto o meu pai gastou comigo par aprender a dar um aperto no parafuso? E concluiu: “Os olhos da cara”.
- Com o preço de uma “palestra” da estrela do PT por mais de “setecentos mil reais”, ainda que vindo de empreiteiras ou de lavagem, vejo que isso custa os olhos da cara... dos brasileiros. Não vês as “consultorias”  do “companheiro” José Dirceu, outra treita que não cabe na cabeça de gente que não sabe o que é dinheiro. E ponha os “olhos da cara” dos brasileiros, em tudo isso.

RETRATOS DA VIDA

Eu, inveterado questionador do social, ando pelas ruas da vida, fotografando pela retina da mente, pessoas e cenas do quotidiano. E assim vou registrando “o drama nosso de cada dia”. Que são os retratos da vida.
Aquele cachorro em tempo inteiro, só anda ligeiro, quase correndo. Por quê? É a natureza animal? Eu me pergunto. Vejo então que aquele moleque de rua, vindo dos socavões da CAEMA, usuário de droga, qual aquele cachorro, só anda correndo. E isso me remete a um velho tema que por aqui já tracei tantas vezes; e que vem do parachoque do caminhão: “assim  como são as pessoas, são as criaturas”.
E aquele homem forte, rijo, quase atlético, falando sozinho, andarilho para cima e para baixo, todos os dias, no mesmo percurso, rumo a lugar nenhum? E aquela moça, seminua (como tantas outras), calada, ocupante das ruas, uma gravidez atrás da outra? E aquele outra, também caladona, fechada, que faz ponto nos  semáforos do trânsito? Tem cara de quem já foi gente, que foi bonita e que um dia teve um  lugar em algum lugar, que foi roubado pela droga. SÃO OS RETRATOS DA VIDA!