DR. LUÍS GOMES – É GENTE QUE FAZ!

Pense num ser humano simples, pacato, transparente, acessível, sem barreiras. Sobretudo pé no chão. Natural de LAGO DA PEDRA-MA, filho do velho tropeiro BENTO ROCHA LIMA e D. Maria Gomes Ferreira Lima, de afazeres do lar. 61 anos. Casado, 02 filhos, advogado ao começo, delegado de polícia nomeado, Promotor de Justiça por concurso público. Advogado de batente ao remanso da convicção. Submeteu-se e enfrentou os leões da vida, roeu as batatas da terra, sobreviveu a ferro e fogo e é feito da terra da água e do ar. Era “Deus escrevendo certo por linhas tortas”, na sua vida. Assim é do DR. LUÍS GOMES LIMA – Dr. Luís Gomes pé no chão por índole e por vocação. É GENTE QUE FAZ.
E como a vida nos reserva as mais inusitadas surpresas, eis que o velho tropeiro, seu pai veio a ser o Prefeito da sua LAGO DA PEDRA de base, numa época em que, segundo o nosso personagem, as torneiras do erário não escorriam. Terminado o mandato, sem eira e sem beira, o ex-mandatário, além de sofrer pressões partidárias e outras represálias – com é próprio dos vencidos, sem mandato e sem prestígio, acabou por “desertar” e foi bater de mala e cuia na então emergente SANTA LUZIA do Tide – retomando ali, o ex-prefeito, as suas atividades da tropa.
A esse tempo na escolaridade em São Luís, estavam dois filhos do velho Bento: os irmãos RIBA e LUÍS, ambos que moravam num pensionato, no bairro Centro do Desterro, beirada do epicentro antigo e tradicional da prostituição da velha capital. Foi ali onde LUÍS, sem saber, plantava as raias do destino que a vida se lhe reservava, no PENSIONATO da DONA GERALDINHA, onde morava com o irmão.
Com o velho pai sem mais Prefeitura nas mãos, desfeito de seus poucos bens com a mudança e reconstruindo a vida de tropeiro na Santa Luzia do Tide, o velho BENTO – não teve como segurar aqueles dois marmanjos na escolaridade, na capital – quando ele, velho Bento quase nem mesmo se segurava sobre as pernas na retomada da sua vida de tropeiro. Eis o desafio da vida real! Eis o recomeçar. É bem aí por onde se pode dizer que “a vida é um eterno votar”.
E agora José? Quer dizer: E agora Luís? E agora Riba? Velho Bento não aguenta dois na cidade; dois na escola, dois no pensionato. E agora? E agora é par ou ímpar. Vai um pra casa e fica um na escola. É um ou outro. É tudo ou nada. RIBA e LUÍS, Luís e RIBA que já estavam ao ponto de “desertar” diante de uma situação insustentável. RIBA, então, deu o grito que desatou a corda: voltou para o interior, para integrar-se ao velho ofício do pai e Luís... ficou na cidade, no PENSIONATO DE DONA GERALDINHA, na beira-centro da velha prostituição da capital.
Mas como permanecer na cidade se o velho Bento, no interior, não tinha onde cair morto e se LUÍS estudante-profissional e desempregado não tinha uma banda?! Mal sabia LUÍS que tinha um anjo da guarda à sua guarda. Presente! Onipresente: DONA GERALDINHA! Sensibilizada e comovida com tudo quanto assistia, tornando-se uma circunstante e inevitável confidente daquele drama, resolveu, imagine! Segurar O LUÍS. Aguentar o LUÍS. Fechar os olhos para as despesas do Luís. Quer dizer, até um dia, quando Luís pudesse caminhar com suas próprias pernas. E, como num pacto de silêncio, à consciência do hóspede, um dia rever o “vermelho” que deixou na conta pendurada no pensionato. E assim se fez!
Luís, a esse ponto, já fazia o Curso de Direito, qual um patinho feio em meio a belos cisnes na faculdade pública, mas ainda assim visto por seus colegas e professores com pessoa de perspectivas e que merecia compreensão e solidariedade. E toca o desafio. E toca a vida. Ainda acadêmico e estagiário já impetrava habeas corpus e, sem perca de tempo, ao concluir o curso de Direito, ingressou na advocacia particular onde ficou por três anos.
Fruto de amizade universitária, conheceu o decano RAIMUNDO MARQUES, senhor de todas verves jurídicas, paladino da intelectualidade e o verbo-livre e inteligente que veio a ser Secretário de Segurança Pública do Estado. Numa época em que os cargos de DELEGADO DE POLÍCIA dependiam de nomeação do Governo, sem concurso público. De um instante para o outro, aquele comensal de favor da pensão de DONA GERALDINHA, imagine!
De um instante para o outro era nomeado DELEGADO DE POLÍCIA EM IMPERATRIZ, num ingrato momento em que espocava, por aqui, uma desate entre as Polícias Civil e Militar. Veio para apagar o fogo. Foi nesse rescaldo que LUÍS, ainda nos cueiros da experiência-zero, chegou para ser DELEGADO DE POLÍCIA, em Imperatriz. E segurou o banzeiro! Afinal Luís era, como é, feito a ferro e fogo, filho da terra, da água e do ar. Chegou e deu conta do recado, cumpriu a sua missão como DELEGADO E POLÍCIA CIVIL, onde ficou por três anos.
Deixou a Polícia para ingressar na carreira de REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL – PROMOTOR DE JUSTIÇA, exercendo o seu Ministério sempre em Imperatriz onde aposentou-se por tempo de serviço. Hoje, o nosso Dr. Luís Gomes passa o bastão ao filho Dr. LUÍS JÚNIOR, com quem divide as atividades do seu escritório profissional. E orgulha-se de jamais ter “tripudiado” sobre qualquer ser humano.
Fincado e fisgado pelas suas origens, Dr. LUÍS GOMES jamais perdeu de vista o compromisso, a gratidão e a generosidade para com o lar paterno, muito menos com o RIBA seu irmão, que desatou a corda em meio a tantas agruras para lhe dar passagem. E, nessa empreitada da vida, a emocionante e velada e eterna gratidão, reconhecimento e amparo à DONA GERALDINHA até o seu último dia de vida. LUÍS GOMES LIMA – o nosso “Doutor Luís Gomes” é GENTE QUE FAZ!