- Hoje não é o meu dia de escrever. É madrugadão deste sábado. Prefiro fazê-lo aos domingos - sempre com uma semana antes - e, como não o fiz, hoje não é o meu dia, contudo venho aqui só para “bater o ponto”, como fazem certos “agentes” do serviço público. Vou sair em viagem antes de amanhecer o dia, como bem assim é do meu costume. Um costume que vem do tempo de criança. Venho aqui só para “bater o ponto”, para “não perder o emprego”, como fazem certos “agentes” do serviço público.
- Na próxima quarta-feira e sempre às quartas, lá pelas catorze horas, de logo rogorando estar com vida e saúde, ingresso como partícipe no Programa NOTÍCIAS + na Band, a partir das 14 horas, com um texto denominado TEMA LIVRE. Se todos vivermos, a gente verá. Tempo curto foi só o que pedi, mas que de resto, fui convidado. Polêmica é o que não pode faltar. E já vai começar falando das ARRASADAS PAREDES DO MERCADO DO PEIXE. Me aguarde. Quem viver, verá.
- Já tenho material para três edições de GENTE QUE FAZ, nestes ... CAMINHOS. Uma nova alternativa para a referência (e homenagem) às pessoas que torcem e retorcem para construir esta cidade. É como digo: quem viver, verá.
- E, para completar a construção deste espaço, com o carro já “zuando lá fora” (zuando: uma palavra que deve incomodar à revisão – como incomodado tem), completo este espaço como na indolência de um “agente” do serviço público: emendando com textos que os produzi para o meu “quadro” PÁGINA DE SAUDADE, no programa CLUBE DA SAUDADE, manhãs de domingo, Rádio MiraNTE/AM:
...ERA DIA DE ELEIÇÃO
Quando me mudei para Imperatriz, nos anos 70, tantas vezes voltei a São Luís pelas eleições, só para não perder o contato com aquele meu chão; com o ar e com o mar que deixei na Ilha. E tantas vezes voltei a São Luís só com o pretexto de votar. Coisas do coração. E assim tantas vezes voltei e votei por lá, em anos de eleição. E votava ali, no meu Monte Castelo – perto da Conceição.
ALICE, minha “ex”, morava ali por perto, também votava lá. E numa dessas eleições me encontro com Alice por lá. Ai... foi um tal de reviver... foi um tal de relembrar... Mas nesse ponto tudo já se fazia por se perder e não tinha mais como rever.
Numa outra eleição, ainda era cedo da manhã quando acabei de votar, saí... assim... naquele meu fusca azul – ele-mulherengo, irresponsável, à toa na vida e rodando sem direção. De repente, à altura do antigo Cine Monte Castelo, atravessa na pista uma morena, inteira, pequena, portátil. Um prato cheio, para o meu fusca irresponsável.
- Ou agora ou nunca! De repente estávamos a caminho de Fátima. Ela morava em Fátima. E o dia da eleição passou a ser uma festa, assim na cara, na testa! Uma trilha de tantas emoções... sensações, devaneios... tentações... Mais tarde, quando tentei voltar - reencontrar, REPETIR, não acertei nem a casa, nem a rua e, finalmente, me perdi. E aquela criatura foi a primeira e a última vez que eu vi.
Era dia de eleição! E nesta página de saudade, eu relembro daquela festa, quer dizer daquela música (quer dizer: daquele DISCO) e comparo essa dupla com aqueles loooooucos que rodavam numa motocicleta, num globo de aço, no circo... fazendo da vida, um pleno risco... (Música: Não Existe Pecado, ao Sul do Equador).
PARA LEMBRAR AQUELE MEU “RÁDIO VERDADE”
Faz anos e... se me permitem - tenho tido por aqui uma atuação na imprensa local: no rádio, no jornal e até mesmo na televisão. O rádio e o jornal são a minha praia, um vício das antigas. Uma “uma velha paixão”... Recente, fiz um trabalho no Rádio FM. Um texto de variedades: direito, justiça, serviço público, trânsito, aposentadoria, consumidor, política, profissões, vida da cidade e do campo. Questionamento social. Enfim, o que “desse na telha”. Assim era a minha participação (um texto, uma crônica), ao vivo, denominado RÁDIO VERDADE.
Rádio Verdade tinha, para mim, um sabor de EDITORIAL: – picante, aceso, dinâmico, aguerrido, frontal, decidido - mas, ainda assim e a bem da verdade, eu era apenas um partícipe, um colaborador. E, como sempre, um “free lance” – quer dizer: um amador. Mas, ainda assim, fazia aquilo por vocação e por amor. Fazia, não faço mais. Porque a vida tem a brisa, mas também os vendavais.
RÁDIO VERDADE tinha, é claro, a cara deste cara. Sem cabresto e sem porteira. Sem amarras. E sempre que entrava no ar tocava uma mesma canção. Uma canção que abria e que anunciava a minha participação. Depois de uns dois anos, deixei o RÁDIO VERDADE assim... “zás-trás”! E não mais olhei para trás! Hoje, porém, eu relembrei do pique; da polêmica; daquela sinceridade; daquele fogo aceso, daquele tema de peso que era o meu RÁDIO VERDADE!
Vejo, então, que bateu uma brisa de saudade, uma antiga emoção que eu relembro com aquela música que fazia a abertura... a introdução. E, juntos, agora, vamos nessa canção – que você ouve, meu caro – como se estivesse vendo a minha cara!!! (Música: Estação da Lu – Alceu Valença)
Edição Nº 15148
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