Batido o martelo
Surpreendendo a classe política, ontem o prefeito Assis Ramos (DEM) anunciou o nome do seu companheiro de chapa às eleições de 15 de novembro. O vice será o agropecuarista Francisco Santos Soares, mais conhecido como Franciscano, que foi prefeito por dois mandatos no município de São Freancisco do Brejão. Franciscano é antigo morador de Imperatriz e tem propriedade rural em Brejão. Assis bateu o martelo durante uma reunião na manhã de ontem, em São Luís, com integrantes da cúpula estadual do MDB, entre eles o ex-senador João Alberto de Souza, o deputado federal João Marcelo, o deputado estadual Roberto Costa e Remi Ribeiro. Alguns políticos entendem ser cedo para a definição de vice, porque as convenções só serão a partir de 31 de agosto. Portanto, ainda há um bom tempo para articulações visando a formação de chapa, até porque a vaga de vice é para negociações de apoio partidário. Só que no caso de Assis, ele aceitando o nome de Franciscano já garante o apoio do MDB, pelo qual se elegeu prefeito em 2016. O partido, inclusive, estava propenso a lançar candidatura própria à prefeitura, tendo Franciscano como uma das opções.
E...
Onde ficaria o atual vice-prefeito, Alex Nunes Rocha, nesse jogo? Alguns acreditavam que ele seria mantido na chapa, porque tem influência junto à classe evangélica e, até agora, vem se mantendo fiel ao prefeito, não lhe causando problemas. Muitos, inclusive, apostavam em rompimento. Mas como fica mesmo Alex? Acredita-se que Assis Ramos tomou a decisão de escolher Franciscano após um acordo com o vice-prefeito. E que acordo seria? Uma fonte com trânsito no grupo de Assis Ramos informou à coluna que Alex Rocha sairia candidato a vereador. Se eleito, e Assis reeleito, disputaria a presidência da Câmara com apoio do Palácio Renato Moreira. Se o acordo ocorreu, “a casa está quieta com o povo dentro”, como costumava dizer o saudoso jornalista Aldeman Costa.
Direita
De acordo com levantamento da Folha de S.Paulo, depois da eleição de Bolsonaro, prefeitos procuraram partidos mais à direita para a disputa da reeleição. DEM, PSD, PP e Republicamos foram as legendas que mais receberam novos prefeitos. Já MDB, PSDB, PSB, PDT e PT foram os que mais perderam em relação ao número de eleitos no pleito de 2016.
No páreo
Em visita a O PROGRESSO na tarde de ontem, o médico Daniel Fiim reafirmou a sua decisão de disputar as eleições de 2020 como candidato a prefeito. Ele é filiado ao PODEMOS, que no Maranhão é comandado pelo deputado federal Eduardo Braide, pré-candidato a prefeito de São Luís. Fiim disse que devido à pandemia do coronavírus havia diminuído as atividades políticas, mas agora vai intensificar com articulações visando o fortalecimento do seu nome e do grupo, com a adesão de lideranças políticas e comunitárias, além de partidos. Ele adiantou que há pelo menos cinco nomes como opções para a escolha do candidato a vice na sua chapa. Ortopedista, Daniel Fiim é filho do ex-vereador Francisco Fiim, que foi candidato a vice-prefeito em 1988 e depois a deputado estadual.
Olha aí!
Ontem O Globo informou que o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, convidou o governador Flávio Dino (PCdoB) para se filiar ao partido. O gestor maranhense está disposto a disputar a presidência da República nas eleições de 2022. No PSB, Flávio Dino teria mais possibilidade de atrair alianças de centro e centro-direita. “Abri as portas do PSB para o Flávio Dino, que é um ótimo nome. Mas se ele aceitar e vier, tem que ser porque se reconhece alinhado com as propostas do partido. E não por um projeto presidencial. O nome do partido para 2022 ainda será discutido internamente”, frisou Siqueira a O Globo.
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