Reação

O governador Flávio Dino (PCdoB) voltou à carga, ontem, contra o presidente Jair Bolsonaro, que incentivou que as pessoas “arranjem um jeito” de entrar nos hospitais para checar a ocupação. “Tem um hospital de campanha perto de você, tem um hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar”, orientou Bolsonaro. Flávio Dino reagiu dizendo que abre as portas dos hospitais do Maranhão caso o presidente queira para verificar a lotação dos leitos.  No twitter, o governador afirmou que “Bolsonaro não pode mandar invadir hospital e filmar locais onde estão pacientes e profissionais trabalhando. E também não pode mandar extraoficialmente nada para Polícia Federal. Se manda, tem que ser por ofício assinado. E Abin não pode investigar”. Flávio Dino també revelou que  “se Bolsonaro não fosse essa pessoa despreparada e desesperada, saberia que não precisa mandar invadir hospital. Basta verificar os boletins que os governos estaduais publicam com o número de leitos ocupados. E se ele quiser visitar os nossos hospitais, eu mesmo mostro para ele”.

Covid

Faleceu ontem o vereador de Davinópolis Neuton Simão. Ele é mais um maranhense que entrou para a estatística das vítimais fatais da pandemia do Covid-19. Ele foi eleito no pleito de 2016 com 347 votos pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Tinha 43 anos. O presidente da Câmara Municipal de Davinópolis, Francisco Brukei, destacou que Neuton era um vereador atuante nas sessões. “Nossa cidade perdeu um parlamentar exemplar e de extrema relevância em suas atuações”. O suplente é Manoel dos Pebas, representante da zona rural.

É agora?

“Assumi o compromisso de reduzir o número de ministérios, extinguir e privatizar grande parte das estatais que hoje existem. São gastos desnecessários que devem atender a população. Recusar acordões que negociam cargos em troca de apoio já faz parte deste objetivo”. A declaração foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro em 23/09/2018. Agora, com um ano e meio de governo, Bolsonaro começa a recriar ministérios para fazer acordos com o Centrão (grupo de congressistas de vários partidos). 

E...

 O governo Bolsonaro passou a ter 23 ministérios, 8 a mais do que os 15 prometidos durante a campanha eleitoral. Foi recriado o Ministério das Comunicações, com o desmembramento do Ministério da Ciência e Tecnologia. Será nomeado o deputado Fábio Faria, indicado pelo PSD. Ele é do Rio Grande do Norte e casado com a apresentadora Patrícia Abravanel, filha de Silvio Santos, dono do SBT. Bolsonaro também já cogita fazer desmembramento no Ministério da Justiça para a criação da pasta da Segurança Pública. Mais um presente para o Centrão. 

De olho

Foi criada uma Comissão Parlamentar Interestadual com 26 deputados estaduais dos nove estados do Nordeste fiscalizar o Consórcio Nordeste. Do Maranhão, o representante é o deputado Wellington do Curso (PSDB). De acordo uma “Carta de Intenções” da Comissão,  “o Consórcio Nordeste não possui Portal de Transparência e não divulga oficialmente as despesas e as informações públicas sobre sua estrutura administrativa e suas contratações, o que é uma nítida violação às disposições constitucionais da publicidade e transparência”. Diz ainda que “por manejar diretamente verbas públicas milionárias dos nove estados do Nordeste, o Consórcio não pode permanecer inerte na divulgação de seus dados, muito menos pode manter sua total ineficiência no enfrentamento dos problemas reais vivenciados pela região Nordeste”.

Contra

O deputado federal maranhense Gastão Vieira (PROS) criticou a decisão do presidente Jair Bolsonaro de recriar o Ministério das Comunicações. “A recriação do Ministério das Comunicações tem um objetivo claro: tirar do Palácio o escritório do crime, e evitar uma busca e apreensão do STF, no lugar de trabalho do presidente da República. O deputado Fabio Farias nada fará será uma peça a ser movida pelos filhos do presidente da República”, disparou Gastão Vieira, um ex-sarneysta que agora faz parte do grupo político do governador Flávio Dino.