Agitada 

Ontem a Câmara Municipal de Imperatriz teve uma sessão movimentada, com as galerias lotadas de professores que foram acompanhar a audiência pública sobre o precatório relativo à complementação do FUNDEF.  Os professores querem 60% dos R$ 94.250.000,00 recebidos pela prefeitura. Só que o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu vetar o uso do dinheiro para pagamentos de pessoal, autorizando somente para “em ações de manutenção e desenvolvimento do ensino”. A prefeitura já definiu o destino do recurso, que será aplicado em construções, reformas, aquisição de terrenos, manutenção e desenvolvimento de creches, capacitação e qualificação dos profissionais e outras ações de melhoramento da educação.  Segundo o vereador Ricardo Seidel, caberia a cada professor mais de R$ 40 mil. O imbróglio está na justiça e a Oposição quer que a prefeitura espere uma decisão para poder utilizar o dinheiro.

E...

Não foi votado o pela Câmara Municipal de Imperatriz o Projeto de Lei Ordinária que autoriza o Poder Executivo a abrir no orçamento de 2019 o adicional de R$ 94.250.000,00 do precatório do FUNDEF. A matéria seria votada na terça-feira, mas não houve quorum. Ontem também não foi colocada em votação. Faltou quorum devido a ausência, em plenário, de vereadores da Situação. Os vereadores da Oposição são contrários ao projeto, alegando que detalhamento da aplicação do recurso, além de defenderem que parte do dinheiro seja destinado a pagamento de professores.

Bate-boca

O presidente da Casa, José Carlos Barros, e o vereador Carlos Hermes se “estranharam”  na sessão de ontem. Quando o presidente já havia encerrado a audiência pública, Hermes pediu para falar. José Carlos disse que não podia mais e que Hermes deixasse para falar durante a discussão do Projeto de Lei Ordinária do Executivo que trata do precatório do Fundef. O vereador não gostou e houve bate-boca, mas depois os dois pediram desculpas pelos “excessos”.

Afastamento 

O vereador Ricardo Seidel disse em discurso da Tribuna Freitas Filho que o vereador João Silva não pode participar  da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI da Saúde) e pediu o seu afastamento.   Ele denunciou que Silva tem um filho nomeado na Secretaria de Saúde e protocolou na Mesa Diretora o pedido de afastamento de Silva da CPI. O presidente José Carlos esclareceu que o documento deveria entregue ao presidente da CPI, e não à Mesa. A iniciativa de Seidel foi uma contra-ataque a uma declaração de João Silva, que recentemente afirmou que a esposa do Seidel exercia cargo comissionado. Ele negou e mostrou que a esposa é concursada.  

Desabafo

O presidente da Câmara, José Carlos Barros, não gostou da atitude de Ricardo Seidel. Disse que ele, já que não aceitou que Silva falasse da sua esposa, não deveria ter exposto o filho do colega. Foi, inclusive, divulgado o contracheque do servidor. Para ele, faltou ética  e que há vereadores querendo ser mais importantes do que os outros. Zé Carlos destacou que ele é quase unanimidade pelos órgãos por onde passa, citando a Secretaria de Agricultura (Governo Ildon) pela humildade, fácil convivência e sem usura. Zé Carlos observou que a pessoa que só pensa em si mesma está fadada ao fracasso e que “odeia mentira, demagogia e falsidade”.

Votos

Dos três senadores maranhenses, um votou a favor e dois contra o decreto das armas de Jair Bolsonaro (PSL), que foi derrubado por 47 votos a 28. Votaram contra os senadores Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (Cidadania). Pela manutenção do decreto votou o senador Roberto Rocha (PSDB).