Reação
O governador Flávio Dino (PCdoB) reagiu duramente a uma crítica do governador de São Paulo, João Doria, que afirmou faltar “atitude” aos governadores do Nordeste. “Se atitude significa ser subserviente, não é realmente o nosso caso. Nossa atitude tem evitado graves retrocessos, em temas como BPC, aposentadoria rural, capitalização, desconstitucionalização. Claro que respeitamos as ‘atitudes’ do governador de São Paulo. São escolhas ideológicas e ele que responda por elas. Mas certamente ele não tem o direito de reclamar idênticas ‘atitudes’ de quem deseja preservar direitos sociais dos mais pobres”. Disse mais Flávio Dino: “De minha parte, mantenho a mesma conduta desde sempre: diálogo com todos, mas sem abrir mão de princípios. Princípios estes que são diferentes dos adotados pelo governador Doria. Diferenças normais em um regime democrático, e por isso têm todo meu respeito”.
Olha aí!
Questionado se não iria se manifestar sobre a decisão do Hospital São Rafael em suspender o atendimento de pacientes oncológicos por falta de pagamento pelo governo do Estado, um vereador disse simplesmente que “isso é problema de deputado”. Ora, a questão é de interesse de todo político, principalmente dos que se elegem com os votos de Imperatriz, cujos moradores são os principais prejudicados com a rescisão do contrato entre o hospital e o governo. O vereador é um dos que assinaram o pedido de CPI da Saúde, mas quando a questão envolve o estado, se esquiva. Como se vê, o jogo é mais político do que uma verdadeira preocupação para com o povo.
CPI
Ontem a CPI da Saúde realizou a sua primeira reunião. Foram discutidos vários assuntos e a designação da função de cada membro. Na próxima semana deverão começar a ser feitas convocações das pessoas que serão ouvidas e outras medidas. O vereador João Silva informou que todas as decisões terão que ser submetidas a votação. Treze vereadores integram a Comissão – 8 da Situação e 5 da Oposição.
Mobilização
O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glademir Aroldi, com as lideranças das 27 entidades estaduais, está pedindo aos gestores locais de todo o país mobilização na próxima semana. É que tramitam na Câmara dos Deputados três Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que atendem pleitos do movimento municipalista: a PEC 391/2017, do 1% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para setembro; a PEC 376/2009, da unificação das eleições; e a PEC 06/2019, da Nova Previdência.
Mobilização II
Sobre a proposta da unificação das eleições, o movimento municipalista tem se mobilizado nos Estados e com as bancadas há algumas semanas, com o apoio do relator, deputado Valtenir Pereira (MDB-MT). Contudo, há resistência dos parlamentares e do presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), deputado Felipe Francischini (PSL-PR), em pautar o projeto no colegiado. Na última semana, o presidente Aroldi, prefeitos, lideranças municipalistas de todo país e parlamentares se mobilizaram pelas assinaturas necessárias, mas não houve votos suficientes para inserir a matéria nos trabalhos do dia. O relator confirmou que haverá reunião na CCJC na segunda-feira, 17 de junho, às 14h, e possível votação na terça-feira, pela manhã. Para tanto, será necessário novamente mobilizar para que as assinaturas sejam suficientes para pautar a matéria na terça-feira. A CNM apela aos gestores que falem com seu parlamentar membro da Comissão para que votem o texto.
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