The Washington Post
A retórica do America First (Primeiro os Estados Unidos) do presidente norte-americano Donald Trump não está favorecendo os produtores de etanol do país, que esperam evitar o início de uma guerra comercial com os compradores do combustível no Brasil.
O governo dos Estados Unidos começou a fazer barulho por conta do aumento das importações do biocombustível brasileiro feito a partir da cana-de-açúcar. Isso fez com que o Brasil apresentasse propostas de maior taxação sobre as importações do etanol de milho produzido nos Estados Unidos.
Quem teria mais a perder com essa queda de braço são os próprios produtores norte-americanos, que enviam ao país sul-americano quatro vezes mais etanol do que recebem.
A disputa pode colocar frente a frente os dois maiores produtores de etanol do mundo. Quanto mais acirrada fica a rivalidade, os gestores de fundos comerciais sinalizam que o Brasil será o vencedor, já que especuladores de mercado rebaixaram mais as apostas de alta de milho na última semana do que as apostas na baixa do açúcar.
"Os ventos do protecionismo estão soprando em Washington", afirma Joel Velasco, antigo representante da Associação Brasileira de Cana de Açúcar (Unica) e atual diretor do Grupo Albright Stonebridge, empresa de gestão estratégica de negócios, em Washington. "A corrida pela barreira comercial pode rapidamente azedar as relações entre os Estados Unidos e o Brasil", completa.
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