Produtores rurais do Tocantins se mobilizam contra taxas de cartórios do Tocantins. Para a classe produtora do Estado, os valores são considerados abusivos. Na média, o valor pago gira em torno de R$ 9 mil. Houve um caso de um produtor que teve de pagar quase R$ 20 mil pela compra de uma colheitadeira. "Muitas vezes fica mais caros o emolumentos do que o juro pago a instituição financeira. Isso onera demais o produtor", afirma Maurício Buffon, vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Tocantins (Aprosoja-TO).

Tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 5.095) proposta pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), em 2015, em favor dos produtores. Segundo a CNA, a majoração foi excessiva, "destoando da razão e do senso comum". Como exemplo, a confederação citou a semelhança entre os serviços prestados pelos cartórios de Tocantins e Rio Grande do Sul. Serviços iguais, em relação a títulos com garantias com mesmo valor, custam R$ 56 em um cartório gaúcho e R$ 1,8 mil no Tocantins, "diferença que não encontra nenhuma justificativa minimamente plausível", na visão da CNA.