Prejuízo estimado é de R$ 210 milhões. O temor é: com o fim da carência do financiamento, de nove anos, ou seja, a partir de 2019, os produtores não terão condições de honrar os compromissos com os bancos caso não haja uma solução.
Ao custo de R$ 3,5 mil por hectare, a produção de 60 mil hectares de eucaliptos plantados no Tocantins nos últimos sete anos pode causar um rombo nas contas de produtores rurais do Estado. Motivo? A destinação final da produção. Os agricultores que neste ano iniciariam a colheita buscam compradores. O prejuízo estimado na cadeia produtiva é de R$ 210 milhões.
O temor é: com o fim da carência do financiamento, de nove anos, ou seja, a partir de 2019, os produtores não terão condições de honrar os compromissos com os bancos caso não haja uma solução. E a solução?
O caso é discutido ainda sob sigilo entre empresas de logística, bancos e autoridades estaduais, apuraram o Portal Cleber Toledo e o Norte Agropecuário. Oficialmente, não se fala sobre o assunto. Porém, alternativas são discutidas com instituições públicas como a Seagro (Secretaria de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária).
O problema maior se concentra nas produções localizadas no entorno de Palmas e na região de Gurupi, no sul do Estado. Os produtores do norte do Tocantins e do Bico do Papagaio vendem para a Suzano, indústria de celulose de Imperatriz.
R$ 142,6 milhões
Apenas uma instituição financeira, o Banco da Amazônia, liberou R$ 142,6 milhões em empréstimos para plantio de eucalipto. Foram 16 contratos, informou o banco por meio de sua assessoria de comunicação, que negou ter conhecimento do problema.
"Até o momento, a Gerência de Pessoa Física não acionada ou cientificada acerca do problema citado, mas vale ressaltar que, todo devedor pode/deve procurar a sua unidade de relacionamento para buscar uma alternativa de renegociação caso preveja possível dificuldade no momento de honrar o seu compromisso financeiro com o banco".
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