O Maranhão poderá se transformar em 2017, em um dos maiores polos de armazenamento de líquidos do país, após a assinatura do termo de compromisso entre o Governo do Maranhão e a empresa Raízen, realizado recentemente. Com a assinatura, serão investidos R$ 200 milhões na construção de um de terminal de armazenamento de líquidos na retroárea do Porto do Itaqui, área do Distrito Industrial de São Luís.
A tratativa realizada por meio da Secretaria de Indústria e Comércio (Seinc), após diversas discussões, teve a finalidade de que a empresa assegure a contratação de mão de obra maranhense durante as obras e operação do terminal, além de contrapartidas, como a construção de escolas e participação do Programa 'Mais Produtivo', visando a contratação de produtos e serviços de empresas locais, além de doação de um caminhão ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia do Maranhão (IMEQ), contribuindo para o desenvolvimento e execução da política metrológica e da qualidade de produtos e serviços.
O grupo, que já investe na região conhecida como Matopiba (resultado de um acrônimo criado com as iniciais dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), onde a fronteira agrícola para cana-de-açúcar é explorada e se consolida como importante atividade de negócios, também utiliza o Porto do Itaqui, para distribuir diesel e gasolina por várias regiões do país.
"Com essa iniciativa do projeto e apoio do Governo do estado pretendemos mais que dobrar a capacidade da Raízen, de expedição ferroviária a partir do Porto do Itaqui. Mas estamos investindo fora da área do porto organizado, o que permite que a gente faça investimentos atualizados em relação a produtividade, dobrando a capacidade de expedição", afirmou Nilton Gabardo, diretor de desenvolvimento de infraestrutura da Raízen.
Com os investimentos, a empresa, a partir do Porto do Itaqui, vai atender ao interior do Maranhão, Piauí e Sudoeste do Pará. Desde 2011, a Raízen tenta realizar o investimento no Estado, mas as limitações regulatórias do porto organizado não permitiam.
Segundo Nilton Gabardo, a nova ambiência favorável aos negócios do Maranhão foi crucial para que os investimentos possam ser concretizados. "As tratativas com o Governo do Estado e a eficiência da Secretaria de Indústria e Comércio desde o começo foram excepcionais e chamaram a atenção da gente. Foi essencial a postura do Governo do Estado, pois ela permitiu de uma forma inteligente que viabilizássemos os investimentos. Com a iniciativa e devemos partir para construção o mais rapidamente", reiterou.
Com previsão para a entrega da primeira fase do terminal para o final de 2017, o empreendimento irá gerar 207 empregos, além de dar apoio e fomento ao setor sucroalcooleiro do Maranhão. "Há algum tempo estamos viabilizando por meio de tratativas a instalação do terminal da Raízen no estado. Temos prospectado uma série de investimentos para gerar não só emprego e renda, mas também, ajudar a desenvolver diversos negócios", afirmou o secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo.
Mercado
Considerada a maior produtora global de açúcar e etanol de cana, e uma das maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil, a Raízen foi criada a partir da junção de parte dos negócios da Shell e Cosan. Com a aprovação da lei que desobriga a Petrobras de ser a operadora de todos os blocos de exploração do pré-sal no regime de partilha de produção, outras empresas podem importar combustíveis de outros países, o que dinamiza o mercado.
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