A produção de açúcar no Maranhão cairá, no próximo ano, 1% na comparação com 2017, enquanto a de álcool terá uma queda de 10,5%. Ambas as reduções devem-se a uma colheita menor de cana-de-açúcar, que na safra 2018/19 será de de 2,027 milhões de toneladas, segundo levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A colheita obtida este ano representa uma queda de 8,7% na comparação com a safra anterior, que teve uma colheita de 2,220 milhões de toneladas, e isto se deve tanto à redução da área plantada (caiu de 38 mil para 35 mil hectares) quanto pela produtividade, que era 58.419 quilos por hectare e caiu para 57.974.
Do total colhido no estado, 171,5 mil toneladas serão destinadas para fabricação de açúcar, cuja produção deve ser 22,5 mil toneladas; 1,855 milhão para álcool, resultando em 145,541 milhões de litros, sendo que desse total, 19,250 milhões serão de hidratado e 126,291 de anidro.
A produção de açúcar cairá 1% na comparação com a safra passada, que foi de 22,6 mil toneladas, enquanto na de álcool, a queda será de 10,5%, já que ano passado atingiu 162,660 milhões de litros. O anidro caiu 11,7% (na safra anterior foram 142,972 milhões de litro) e de hidratado, -2,2% (foram 19,688 milhões de litros na safra passada).
De acordo com os números da Conab, o Maranhão tem a segunda menor produção de cana do Nordeste, à frente apenas do Piauí (1 milhão de toneladas). O maior produtor continua sendo Alagoas, com 15,647 milhões de toneladas.
Nacional
Segundo a Conab, a produção de cana-de-açúcar, na safra 2018/19, deverá apresentar um incremento de (0,4%) em relação à safra passada. Em números absolutos, estima-se 635,51 milhões de toneladas de cana-de-açúcar produzidos, ante os 633,26 milhões da safra 2017/18.
Em São Paulo, maior produtor nacional, as informações coletadas nesse levantamento indicam redução absoluta de 7,8 milhões de toneladas em relação à safra passada, alcançando 341,37 milhões de toneladas na safra 2018/19. Em Goiás, as estimativas de condições climáticas abaixo das normais até agora, resultam em níveis de produção estimados próximos à safra passada. A estimativa é de 70,95 milhões de toneladas.
Em Minas Gerais, o aumento de área impulsionou uma estimativa de maior produção da cana-de-açúcar. As projeções apontam para uma produção de 66,64 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 2,5% maior do que a safra passada.
Em Alagoas, maior produtor regional, a redução na área colhida decorre da expectativa de queda na participação dos fornecedores que estão operando com grandes dificuldades financeiras. Mas ainda assim a produção estimada é superior àquela obtida na temporada passada, totalizando 15,65 milhões de toneladas em 2018/19.
Em Pernambuco, segundo maior produtor do norte/nordeste, a perspectiva é de que a safra atual apresente incremento na produção em comparação à safra anterior (9,3%), tendo em vista a melhoria da produtividade, resultante do quadro hídrico nessa safra, e da entrada de novas áreas com lavouras de cana-de-açúcar nesse exercício.