O Governo do Estado está avançando nas ações em prol da cadeia do couro na Região Tocantina. Nessa segunda-feira (5), foram entregues os certificados para a primeira turma dos cursos ofertados pela unidade vocacional do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema), que foi instalada na cidade de Ribeirãozinho, por meio das Secretarias de Estado de Indústria e Comércio (Seinc) e Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), em parceria com o Sindicato das Indústrias de Curtimento de Couros e Peles (SindiCouros).
Ao todo, 77 alunos do curso de artefatos em couro receberam os certificados. Uma iniciativa pioneira na cidade, que conta com um grande potencial de crescimento no setor coureiro, mas que tem como entrave para desenvolvimento, a falta de mão de obra local. Com um polo industrial considerado um dos maiores do Norte/Nordeste, Ribeirãozinho agrega quatro curtumes que, juntos, somam mais de 1.500 postos de trabalho.
"Nós temos a certeza que o governador Flávio Dino deu um dos passos mais importantes no sentido de adensar uma cadeia produtiva no Maranhão. Hoje, estamos fomentando o empreendedorismo, mostrando que é possível processar esse couro aqui e agregar valor a essa matéria prima, transformando essa cidade nos próximos anos em um lugar com um grande potencial para esse produto", disse o secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo.
Com a implantação da escola, a região poderá se transformar em um polo coureiro atacadista e empregar milhares de pessoas capacitadas por meio de cursos oferecidos pelo Iema. Para o secretário Adjunto de Ciência, Tecnologia e Inovação, André Bello, a presença do Iema em Ribeirãozinho, representa incentivo para o desenvolvimento dos arranjos produtivos locais. "É importante o Iema estar aqui presente, em uma cidade de aproximadamente 20 mil habitantes onde é muito forte a produção do couro. Nós queremos através da qualificação profissional agregar valor a esse produto, e, consequentemente, desenvolver o município, gerando emprego e renda".
O presidente do SindiCouro, Adão Gonçalves, explica que as ações do Governo, estão contribuindo para o crescimento da região. "Hoje trabalhamos em torno de 8 mil couros/dia, que saia todo daqui, no primeiro estágio. Agora temos parte de acabamento e curtimento e que isso venha a somar junto a essa iniciativa do Governo".
Oportunidade
Com a qualificação profissional, os alunos estão aptos a confeccionar diversos produtos do setor de couro e calçados. Durante a certificação, vários deles foram expostos, como bolsas, calçados e carteiras.
Para os alunos, o curso é sinônimo não só de oportunidade, mas também está dando a chance de muitos serem donos do próprio negócio, contribuindo para o desenvolvimento local.
Keila Soares é um exemplo disso. Antes ela trabalhava como professora, mas após o curso, pretende mudar de ramo e também de vida. "É uma oportunidade de liberdade financeira. A gente poder se organizar, produzir, trabalhar, prestando serviços para as indústrias daqui. Para mim e para todos os alunos é a chance de um novo começo", reiterou.
Já para Raymara Rodrigues, esse é um primeiro passo, mas é necessário buscar ainda mais conhecimento. "Conforme o curso foi acontecendo, eu acabei tomando paixão pelo couro. Eu pretendo investir, buscar trabalho e ainda ampliar meus conhecimentos, desenvolvendo ainda mais".
Unidade Móvel
Além dos cursos oferecidos pelo Iema Couro, está instalada na cidade, a unidade móvel couro e calçados do Serviço Nacional de Apoio a Aprendizagem (Senai), contratado pelo Governo e incluem cursos voltados para o setor, com atividades teóricas e práticas, além de material didático, equipamentos, instrumentos, ferramentas e laboratório.
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