Maurício Lopes, presidente da Embrapa, destaca que, embora o Brasil tenha uma boa imagem internacional no que tange ao agronegócio, ainda há algumas dificuldades que devem ser superadas. Segundo ele, persiste uma ideia de que o agronegócio brasileiro não é sustentável, o que já foi superado há tempos pelo país. Fica, portanto, o desafio de se trabalhar uma narrativa que ajude o mundo a entender melhor o Brasil.
Nos últimos 40 anos, o país saiu de uma situação de insegurança alimentar e se projetou como um grande provedor de alimento para o mundo. O Código Florestal, por sua vez, foi uma lei "extremamente ousada", como define Lopes, já que nenhum país possui uma política parecida de agricultura de baixo carbono. Esses avanços importantes, na visão do presidente, poderiam ser utilizados para projetar uma imagem mais verdadeira.
Ele sublinha ainda que a agricultura brasileira é mais permeável ao conhecimento e à ciência - com apenas 8% do território destinado para a agricultura, o país conseguiu se tornar uma potência.
A construção de uma narrativa para superar toda e qualquer percepção negativa que existe no mundo, como sugere Lopes, poderia ser feita a partir do governo brasileiro, com o apoio de associações, empresas e representações, todos unidos em um trabalho de inteligência para ficar de olho no mundo e nos possíveis mercados a serem conquistados.
Publicado em Agronegócios na Edição Nº 15914
Presidente da Embrapa diz que Brasil precisa mostrar para o mundo que o agronegócio brasileiro é sustentável
País se tornou uma potência alimentar, superando a insegurança alimentar da década de 70, utilizando apenas 8% do seu território para a agricultura. Governo precisa ter consciência da necessidade da construção dessa imagem
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