"O contínuo crescimento da população global, que deve superar os 9 milhões de pessoas até 2050, e o avanço no consumo de alimentos oferecem um grande desafio para a pecuária brasileira, que precisa produzir mais e melhor. O mercado está aberto e o Brasil tem todas as condições de fortalecer ainda mais sua participação no comércio mundial de carne". A afirmação é de Alberto Pessina, presidente do Conselho de Administração da Assocon (Associação Nacional da Pecuária Intensiva), que participou do I Seminário Técnico Internacional da Raça Senepol, em Uberlândia (MG), com a palestra "Reflexão sobre a Produção de Alimentos e a Pecuária".
Para Pessina, o aumento da população deve ser constantemente lembrado, porque reflete a necessidade de avanço de produtividade na pecuária e das cadeias de alimentos como um todo. "É imprescindível ajustar a oferta à demanda de alimentos no mundo. De acordo com estimativas da FAO, órgão da ONU para a alimentação, o Brasil precisará aumentar sua capacidade produtiva em até 40% para suprir a demanda mundial nos próximos 30 anos. Para que tais projeções sejam concretizadas, nosso país precisará fazer intensos investimentos em novas tecnologias, em uma nova forma de pensar a produção de carne bovina. Precisamos aumentar nossa capacidade produtiva para alimentar 9 milhões de pessoas até 2050", destaca o presidente do Conselho de Administração da Assocon.
O aumento da população e da renda demandará mais alimentos. Ao mesmo tempo, com o crescimento da renda haverá reorientação da composição da demanda por alimentos de qualidade superior. Portanto, o grande desafio está em aumentar a produtividade, melhorar a qualidade dos alimentos produzidos e analisar os fatores que limitam o crescimento de produção. "Os países emergentes aumentam sua fatia no mercado mundial de alimentos. Porém, enfrentam obstáculos para aumentar a oferta de comida. Fatores como limitação da posse de terra, risco de exportação, infraestrutura, limite de crédito, dificuldade em adotar tecnologias e a qualidade das instituições e capital humano são desafios a ser superados e o Brasil tem todas as condições para ser um player ainda mais relevante no cenário global", explica Alberto Pessina.
Porém, alerta o presidente do Conselho de Administração da Assocon, "para aumentar a segurança alimentar do mundo, as barreiras comerciais terão de ser revistas e a pecuária brasileira terá de aumentar a produtividade para concorrer pelo uso da terra e da água. Contudo, continuará a ser uma das mais competitivas do mundo e com maior potencial para suprir essa demanda crescente". O dirigente destaca que a Assocon combate os problemas que dificultam os investimentos necessários e contribui, em conjunto com outras instituições, para alinhar objetivos e conquistar representatividade, fornecendo treinamento para trabalhadores rurais e incentivando o uso das modernas tecnologias. "Atuamos em parceria com instituições privadas na criação de novas fontes para obtenção de linha de crédito e somando esforços com a indústria exportadora na busca de soluções para os desafios de mercado. Afinal, o desafio da oferta de alimentos é compartilhado entre todos os elos da cadeia produtiva", ressalta Alberto Pessina. (TEXTO COMUNICAÇÃO CORPORATIVA)