O processo de mecanização da colheita de cana-de-açúcar nas lavouras brasileiras é relativamente recente, tendo dominado apenas na segunda metade da década de 2000. Hoje, cerca de 97% da colheita é mecanizada na região Centro-Sul, o que significa em torno de 10 mil máquinas trabalhando nas plantações de São Paulo, Goiás, Minas Gerais e norte do Paraná. O espaço para expandir esse processo é pequeno, mas, por outro lado, lavouras modernas significam mais e mais oportunidades para inovação e demanda por tecnologia avançada - e as novidades nesse sentido são muitas.
Os produtores de cana sabem que a peça central da mecanização é a colhedora - uma máquina complexa e projetada para muitas horas de trabalho pesado. E um dos aspectos mais importantes no bom funcionamento do veículo agrícola é o material rodante que o movimenta e percorre o canavial. Nas plantações por todo o Brasil existem máquinas em estágios variados de vida útil e com necessidades diferentes em termos de manutenção e reposição de peças para continuar circulando na plantação.
O maior custo no cuidado com esse maquinário é justamente o material rodante, que sofre todo tipo de desgaste dependendo do solo do canavial, dos mais arenosos aos argilosos, que diminuem a durabilidade desse sistema.
A manutenção desses componentes na lavoura se torna ainda mais crítica se pensarmos que o ciclo de troca das colhedoras de cana é relativamente curto - varia de seis a dez anos - e algumas plantações trocam de máquina a cada cinco anos. Para efeitos comparativos, culturas como soja e milho demandam troca de máquinas apenas a cada dez ou quinze anos.
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