O governo volta atrás depois de ter determinado o fim das taxas antidumping contra o leite em pó importado, medida muito criticada pelo setor. No dia em que a ministra Teresa Cristina criticava no Estadão o "desmame de subsídios radical" ao agronegócio, o presidente Jair Bolsonaro ordenou ao ministro Paulo Guedes a prorrogação da tarifas de 13,8% à União Europeia (UE) e de quase 4% à Nova Zelândia, segundo a revista Veja.

A reversão da medida governamental está sendo reputada como uma vitória da titular do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O leite em pó europeu era o que mais preocupava o setor, conforme antecipou o Notícias Agrícolas sobre o risco de se acabar com a tarifa, em entrevista ao final de janeiro com Rodrigo Alvim, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).
Para o setor, o produto europeu tem subsídio na produção e na comercialização, além de somar estoques de mais de 200 mil toneladas. "É uma situação preocupante e que interessa não somente à indústria quanto também aos produtores", disse Celso Moreira, diretor-executivo do Silemg, o sindicato dos laticínios mineiros, também ao Notícias Agrícolas no dia em que foi anunciado o fim do antidumping, dia 6 de fevereiro.