O governo brasileiro decidiu fazer grandes investimentos de curto e médio prazo na infraestrutura logística do transporte de grãos em Rondónia, Amazonas, Pará, Amapá, Maranhão e Mato Grosso, todos estados da região Norte do País. O objetivo é fortalecer o chamado Arco Norte para que haja maior capacidade de escoamento da produção de grãos, o que irá promover aumento de volume na ordem de 40% no total de grãos exportados pelo mercado brasileiro.
Essa iniciativa ocorreu após levantamento realizado pelo Grupo de Inteligéncia Territorial Estratégica (Gife) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que identificou "as principais obras para ampliar o escoamento da safra de grãos para o mercado externo via Arco Norte, que engloba todos os portos dos estados da região Norte e também o Maranhão, a fim de atender as projecções do sector para a produção de 2025".
"A ampliação dos portos nesses locais ajudaria a diminuir o custo do frete e aumentar a rentabilidade do produtor, pois eles estão mais próximos dos principais mercados internacionais e também das maiores zonas produtoras de grãos, como a região Centro-Oeste, que concentra 42% da produção nacional, e podem oferecer vantagens competitivas em relação aos portos das regiões Sudeste e Sul", comentam responsáveis pela Embrapa.
Ainda de acordo com esse levantamento, "as obras classificadas como prioritárias contemplam os três modais logísticos da região Norte e incluem a duplicação, colocação de alcatrão e melhorias na sinalização das vias, vias de contorno de cidades e acessos aos terminais portuários ou intermodais de quatro rodovias federais e de uma rodovia estadual. Também estão listadas obras para o aumento da capacidade de fluxo das hidrovias dos rios Madeira e Amazonas, por meio de dragagens e melhorias na sinalização, além da operacionalização de novos troços da Ferrovia Norte-Sul e a construção de uma nova estrada de ferro, a Ferrogrão, entre Sinop (MT) e Miritituba (PA)".
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