O acordo comercial entre Brasil e Estados Unidos para liberação da carne brasileira in natura vai beneficiar, além de quatro frigoríficos do Tocantins, unidades de outros 13 Estados e o Distrito Federal.
Quatro frigoríficos do Tocantins pediram habilitação para comercializar para os Estados Unidos: dois de Araguaína (Minerva e JBS Friboi), um de Gurupi (Cooperfrigu) e um de Nova Olinda (Masterboi). O fim da barreira pode ser um alento para o setor no Estado, que vive uma crise. Em um ano foram 1,5 mil demissões, com queda de 22% na produção, conforme revelou, com exclusividade, o Norte Agropecuário.
Os demais Estados que devem ser confirmados são: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
A cerimônia para selar o acordo foi feita nessa segunda-feira, 1º, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), com as presenças do presidente interino Michel Temer, dos ministros Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e José Serra (Relações Exteriores) e da embaixadora dos EUA no país, Liliana Ayalde.
EXPORTAÇÃO DE CARNE
Em um primeiro momento, o Brasil deve disputar com outros concorrentes uma fatia de aproximadamente 65 mil toneladas, por conta das cotas estabelecidas pelos americanos para diversos países. Caso o país consiga desbancar seus concorrentes e embarque todo este volume, pode obter receita de US$ 300 milhões no próximo ano. A expectativa do governo brasileiro é de que os primeiros embarques ocorram ainda em 2016.
Com isso, o Brasil ampliará sua participação mundial no comércio do agronegócio, de 7% para 10% nos próximos cinco anos.
ACORDO BRASIL E EUA
O acordo, concluído na semana passada, em Washington, após 17 anos de negociações, oficializa o reconhecimento entre os dois países das condições sanitárias adequadas para o comércio de carne. Desta forma, os americanos liberam a entrada da carne in natura brasileira e o Brasil também pode importar o mesmo produto do território norte-americano. Os Estados Unidos são hoje uma das principais referências mundiais em exigências sanitárias para importação de carne bovina, balizando muitas vezes as análises de outros países, o que pode ajudar o governo brasileiro em negociações para embarcar o produto para outros destinos. (Com informações da CNA)
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