O abate de bovinos registrou queda no terceiro trimestre deste ano no Tocantins. Entretanto, há números positivos como, por exemplo, a exportação de frango in natura e industrialização de leite no mesmo período. Esses são alguns dos resultados do Estado contidos na recente "Estatística da Produção Pecuária", estudo divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A pesquisa, analisada pelo Norte Agropecuário, se refere a estatísticas trimestrais do abate de animais; trimestral do leite; trimestral do couro e produção de ovos de galinha feitos pelo instituto. Em relação ao Tocantins, o IBGE apurou apenas abate de bovinos, exportação de frango in natura, aquisição de leite e o mercado de couro cru.
Conforme os dados, o Tocantins foi o quarto do ranking dos Estados que registraram as maiores quedas de abate no país. Em números reais, no terceiro trimestre deste ano foram abatidas 253.965 cabeças de gado. Já no mesmo período do ano passado o abate atingiu 296.398 animais, o que corresponde uma queda de 14,3%. A queda foi um pouco maior ao avaliar a quantidade de toneladas. Foram 63.279 toneladas abatidas neste trimestre, ante 75.012 toneladas nos três últimos meses do ano passado, ou seja, uma queda de 15,6%.
Houve queda, conforme a pesquisa do IBGE, em todo o país. De acordo com o instituto, a diferença de 266,27 mil cabeças de bovinos abatidas a menos no 3º trimestre de 2016, em relação ao o mesmo período do ano anterior, foi impulsionada por reduções em 18 das 27 Unidades da Federação (UFs) enquadradas na pesquisa. As maiores reduções ocorreram em: Minas Gerais (-94,45 mil cabeças), São Paulo (-60,80 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-53,90 mil cabeças), Tocantins (-42,42 mil cabeças) e Goiás (-38,28 mil cabeças). Parte dessas reduções foi contrabalançada por aumentos em nove UFs, com destaque a: Rondônia (+104,02 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+10,83 mil cabeças), Acre (+10,59 mil cabeças), Amazonas (+4,61 mil cabeças) e Paraíba (+1,54 mil cabeças). No ranking das UFs, Mato Grosso continua liderando amplamente o abate de bovinos, seguido por seus dois vizinhos da Região Centro-Oeste: Mato Grosso do Sul e Goiás.
Couro cru
Ainda na cadeia da pecuária, ao analisar tabelas e gráficos da quantidade de peça inteira de couro cru adquirido e recebido pelos curtumes e frigoríficos do Estado, o desempenho do Tocantins foi negativo. A aquisição caiu 7,8% neste trimestre, que registrou 491.746 peças. No terceiro trimestre do ano passado foram 491.746 peças.
Os curtumes tocantinenses adquiriram 416.261 peças neste trimestre. Em 2015, foram 448.061, uma queda de 7,1%. Já os recebimentos de terceiros neste ano foi de 37.129 peças. Em 2015, foram 43.685 peças, uma queda de 15%.
Exportação de frango
A boa notícia para o Tocantins ficou no quadro de exportação de carne de frango in natura. Conforme o IBGE, no terceiro trimestre deste ano foram abatidos 1.387.383 quilos de frango no Estado. Em 2015, no mesmo período, o IBGE registrou abate de 135.000 quilos. O aumento é de 927,7%. O aumento se deve a recentes mercados conquistados por estabelecimentos do Estado.
Os números positivos do Tocantins contrastam com o resultado nacional do setor no país. O estudo do IBGE aponta que no terceiro trimestre de 2016 foram abatidas 1,47 bilhão de cabeças de frangos. Esse resultado significou quedas de 1,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 2,1% na comparação com o mesmo período de 2015. O Tocantins não aparece nas demais tabelas.
O peso acumulado das carcaças foi de 3,34 milhões de toneladas no 3º trimestre de 2016. Esse resultado representou quedas de 2,0% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 1,4% frente ao mesmo período de 2015. A Região Sul respondeu por 60,9% do abate nacional de frangos, no 3º trimestre de 2016, seguida pelas Regiões Sudeste (19,4%), Centro-Oeste (14,4%), Nordeste (3,7%) e Norte (1,6%).
O abate de 30,82 milhões de cabeças de frangos a menos no 3º trimestre de 2016, em relação a igual período do ano anterior, foi determinado por quedas no abate em 19 das 25 Unidades da Federação (UFs) que participaram da pesquisa. As principais quedas ocorreram em Goiás (-6,21 milhões de cabeças), Santa Catarina (-6,05 milhões de cabeças), São Paulo (-4,38 milhões de cabeças), Mato Grosso do Sul (-2,67 milhões de cabeças), Distrito Federal (-2,29 milhões de cabeças) e Pernambuco (-1,79 milhões de cabeças). O principal aumento absoluto ocorreu em Minas Gerais (+2,65 milhões de cabeças). No ranking das UFs, Paraná continua liderando amplamente o abate de frangos, seguido por Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Industrialização de leite
Outro dado positivo foi o aumento na aquisição e industrialização de leite no Tocantins. De acordo com o IBGE, no terceiro trimestre deste ano indústrias do setor adquiriram 26.569 litros de leite. No mesmo período do ano passado foram 24.351 litros, um aumento de 9,1%. Já a industrialização foi de 6,3% maior no terceiro trimestre deste ano (26.558 litros) ante 24.989 litros registrada no trimestre final do ano passado.
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