Médios e grandes agricultores aumentaram os investimentos na agropecuária na safra 2017/2018 na comparação com o ciclo anterior de financiamento. Os recursos alcançaram R$ 32,1 bilhões para o financiamento de bens e serviços, cuja repercussão se estende a safras futuras, registrando alta de 31% em relação à safra 2016/2017. O valor disponível era de R$ 38,1 bilhões.  
A agropecuária empresarial teve disponibilizada, para safra 2017/2018, crédito oficial de R$ 188,4 bilhões, sendo que foram contratados, por produtores e cooperativas, cerca de 80% do total ou R$ 149 bilhões. O montante representa acréscimo de 13% em relação à safra anterior (2016/2017), quando foram aplicados no setor R$ 132 bilhões.
Programas de financiamento mais acessados pelos produtores rurais contribuíram para a modernização das atividades agropecuárias, por meio da expansão de investimentos voltados, principalmente, para a inovação tecnológica na propriedade rural, ampliação da capacidade de armazenagem e mitigação da emissão de gases causadores de efeito estufa.
Os destaques das contratações foram em programas, como Pronamp (102% ou R$ 3,8 bilhões), Inovagro (83% ou R$ 1 bilhão), ABC (74% ou R$ 1,6 bilhão) e PCA (66% ou R$ 1 bilhão).
Para o financiamento de custeio agropecuário foram emprestados R$ 80,3 bilhões. Quanto ao custeio agrícola, as culturas de soja e  de milho representaram 42% e 13%, respectivamente. Na pecuária, a bovinocultura contratou 79% dos recursos de custeio, seguida pela avicultura e pela suinocultura, ambas com 8%.
Já para a industrialização, foram aplicados R$ 6,8 bilhões, concentrando 83% na região Sul. Para a comercialização, outros R$ 29,8 bilhões foram emprestados, sobretudo nas regiões Sul e Sudeste.
Os números fazem parte do estudo sobre Financiamento Agropecuário da Safra 2017/2018, realizado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.