A colheita da soja no Brasil irá gerar 119,23 milhões de toneladas, um aumento de 4,4% quando comparado com a temporada anterior (2016/17)

A colheita de soja da safra 2017/18 está praticamente chegando ao seu fim e as perspectivas pelos resultados finais são, mais uma vez, animadoras para o produtor brasileiro.
Os resultados prévios já indicam que caminhamos novamente para a maior safra da história do país.
Segundo levantamento da empresa de consultoria Safras & Mercado em sua revisão mensal, a colheita da soja no Brasil irá gerar 119,23 milhões de toneladas, um aumento de 4,4 por cento quando comparado com a temporada anterior (2016/17).
Essa é a prova que o agronegócio brasileiro novamente caminha para frente, colocando a safra brasileira muito próximo dos EUA, país líder mundial na colheita de soja, cuja safra de 2017/18 é estimada oficialmente em 119,52 milhões de toneladas.

Ajustes finos geraram maior produtividade
Segundo a consultoria Safras & Mercados, quando comparado com o relatório do mês anterior, houve uma elevação na projeção de quase 2 milhões de toneladas, chegando aos 119,23 milhões de toneladas.
Esse aumento na previsão se deu devido a alguns ajustes finos, principalmente na elevação da produtividade nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Norte/Nordeste do país.
Segundo a consultoria, ao longo da safra foi se confirmando que as condições para o desenvolvimento da cultura nesta temporada foram extremamente favoráveis, trazendo, com isso, relativo aumento da produtividade da soja.
A consultoria indicou ainda um aumento de 4% na área plantada com soja, totalizando 35,155 milhões de hectares. O levantamento aponta que a produtividade média deste grão no país deverá ter um leve aumento, passando de 3,395 toneladas para 3,409 toneladas por hectare.

"Safra praticamente perfeita", diz a consultoria
Tudo indica que estados como Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo terão novamente recordes na colheita da soja, colhendo uma "safra praticamente perfeita". Essa capacidade de colheita altamente positiva será decorrente do clima favorável, aliado a maior tecnificação das áreas produtoras, que só vem crescendo nos últimos anos.
A região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) também irá surpreender positivamente, indicando altas produtividades em suas lavouras, também em decorrência de um clima bastante favorável nos últimos meses.
Como exceção temos o estado do Rio Grande do Sul, tudo indica que o estado não terá uma boa produção. Isso ocorrerá, pois durante a safra, o estado enfrentou diversos problemas devido à falta de chuvas em sua metade sul, inviabilizando parte da produtividade.
Porém, apesar destes problemas, as boas condições da região noroeste do Estado (principal região produtora do Estado) irão impedir uma quebra na produtividade com maior relevância.
Contraste com a colheita da soja na Argentina
Assim como ocorreu na parte sul do estado do Rio Grande do Sul, as expectativas para a colheita da soja na Argentina não são nada boas, para não dizer desastrosas.
Nesta última temporada nosso vizinho sofreu bastante com a estiagem, a maior dos últimos 30 anos, com isso as regiões produtoras de soja preveem a menor safra dos últimos 6 anos agrícolas.
Devido à alta estiagem no país, a Bolsa de Comércio de Rosário reduziu a estimativa de produção de soja na safra 2017/18 da Argentina para 37,03 milhões de toneladas. Como comparação, em março, a previsão girava em torno de 40 milhões de toneladas, já em outubro do ano passado, a previsão inicial era 57 milhões de toneladas, número que já caíram por terra há muito tempo.