Nos próximos dias 10 e 11 de julho, em Imperatriz-MA e Cidelância-MA, produtores, técnicos e representantes de instituições envolvidas com o Programa Balde Cheio da Embrapa no Maranhão estarão reunidos no Encontro Regional de Técnicos do Programa Balde Cheio (Auditório Juca Machado, no Parque de Exposição Lourenço Vieira da Silva) e em um Dia de Campo (Chácara Santa Maria).
O Balde Cheio é uma metodologia de transferência de tecnologias da Embrapa para capacitar profissionais da assistência técnica, extensão rural e produtores de leite em técnicas, práticas e processos agrícolas, zootécnicos, gerenciais e ambientais, visando fomentar a atividade de pecuária de leite e melhorar a qualidade de vida no campo. Para o pesquisador da Embrapa Cocais, Joaquim Costa, o resultado é o intercâmbio de informações e conhecimento entre todos os envolvidos (pesquisadores, extensionistas e produtores) de acordo com a realidade de cada propriedade e de sua região, bem como o monitoramento dos impactos ambientais, econômicos e sociais nos sistemas de produção, propiciando impactos, não só no aumento na produção e produtividade, mas também na rentabilidade da atividade. “Para tal, usa-se pequena propriedade produtora de leite, usualmente de base familiar, participante do projeto como ‘sala de aula prática’, para que a comunidade conheça como funciona a metodologia”, complementa.
PROGRAMAÇÃO
Haverá palestra do idealizador do projeto, o pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste Artur Chinelato intitulada “`Programa Balde Cheio: 21 anos”; do instrutor responsável pelo desenvolvimento do programa no Maranhão, João Rosseto Júnior, sobre “Viabilidade da irrigação de pastagem”; e de representante do Sebrae sobre “Balde Cheio: a experiência do Maranhão”. Ainda serão tema de palestras “Gerenciamento, tecnologia e inovação na pecuária leiteira”, “Registro de agroindústria familiar”, “Entendendo a Instrução Normativa 76 e 77/2018 para a adequação nas propriedades rurais e agroindústrias familiares”, “Qualidade do leite: responsabilidade de todos”, ministradas respectivamente por representantes da Faema/Senar, AGED-MA, Senai-MA e Laticínios Bethe.
Criado e desenvolvido pela Embrapa Pecuária Sudeste há mais de 20 anos, o Balde Cheio conquistou reconhecimento, por contribuir para o desenvolvimento sustentável da pecuária leiteira, particularmente dos pequenos produtores. Há 2 anos, tornou-se projeto institucional em rede da Embrapa, abrangendo 16 Unidades, incluindo a Embrapa Cocais. No Maranhão, atualmente são cerca de 60 propriedades participantes, com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae. O instrutor responsável pelo desenvolvimento do programa no Maranhão, João Rosseto Júnior, trabalha para incrementar a produção de leite nas propriedades e aumentar o número de municípios envolvidos. “O Maranhão tem potencial para crescer em ambas as frentes e em qualidade do produto produzido”. O evento terá ainda relato da experiência de produtores e técnicos que aplicam a metodologia do Balde Cheio.
Parceria, o segredo do sucesso – No Maranhão, o projeto teve início em 2008, em uma parceria entre a Embrapa Pecuária Sudeste (Unidade da Embrapa líder do projeto) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE-MA, Regional de Imperatriz-MA. Desde então, mais de 2 mil produtores de leite foram beneficiados no Maranhão. Atualmente, cerca de 50 propriedades participam do projeto em 16 municípios da Região Tocantina, mais os municípios de Presidente Dutra e Bacabal, incluídos nessa nova fase do projeto. Há mais de dois anos, o Balde Cheio tornou-se projeto institucional em rede da Embrapa, abrangendo 16 Unidades da Empresa, incluindo a Embrapa Cocais.
Nesse projeto, Embrapa, instituições de assistência técnica e extensão rural (ATER), entidades públicas (órgãos de assistência técnica e extensão rural vinculados às Secretarias Estaduais de Agricultura, prefeituras, departamentos de agricultura municipais e instituições de ensino e pesquisa, instituições financeiras, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e privadas (cooperativas, laticínios, associações, federações de agricultura, Sebrae, instituições de ensino e pesquisa, profissionais autônomos) e produtores andam lado a lado, promovendo ações de capacitação e transferência de tecnologia no campo. A união desses diferentes elos da cadeia produtiva do leite – Embrapa, parceiros, técnicos e produtores - forma uma rede dinâmica de trabalho, com base na troca de informações e de conhecimentos científicos e práticos. (Flávia Bessa (MTb 4469/DF / Embrapa Cocais)
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