O mercado da soja tem mais um dia estável na Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com Miguel Biegai, da OTCEx Group, em Genebra (Suíça), o contrato julho está "envelopado" entre US$9,40/bushel e US$9,70/bushel, fechando hoje a US$9,55/bushel, mostrando que o mercado está indeciso para qual lado caminhar, dependendo de um fato novo para determinar a sua direção.
Biegai aponta que os compradores não estão com receito de que falte produto, sabendo que há muita oferta. Para que eles tenham medo de que falte soja no mundo, tem que acontecer algum fator de ordem climática na safra americana.
Para ele, ainda é cedo dizer se esses problemas irão se concretizar. O plantio está no início nos Estados Unidos, mas o mercado já se encontra apurando o chamado "mercado de clima", que dura de abril a setembro. A partir de agora, qualquer momento de mudanças climáticas pode romper essa zona na qual se encontra o contrato.
Uma mudança em termos de oferta, entretanto, deve vir apenas com uma quebra confirmada bastante elevada. Ele lembra o ano de 2012, quando as quebras na América do Sul e nos Estados Unidos levaram o mercado a saltar de patamares de US$12/bushel para US$17/bushel e também destaca que a safra norte-americana é sempre mais sensível ao mercado climático por ser concentrada em uma pequena região nos Estados Unidos.
Vendas de soja
Segundo as informações de Biegai, a semana está globalmente aquecida para os grãos. De terça para quarta-feira, houve um movimento bom de negócios. Do porto de Paranaguá, saíram de 25 a 30 mil toneladas, mas depois que o mercado voltou a cair, esse volume, que é considerado de razoável a fraco, deu uma acalmada. Ele acredita que, quando Chicago subir, podemos ver mais negócios porque produtores e empresas se interessam a vender e os compradores batem o martelo.
Com o mercado de prêmios, os vendedores conseguiram preços de até R$ 70 para pagamento de julho. Esse preço chama a atenção e pode se tornar uma tendência, sendo ofertado já para o início de junho.
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