A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) está em constante alerta quanto aos casos de estomatite vesicular (EV), doença que apresenta sinais clínicos semelhantes às outras doenças vesiculares de importância econômica. No mês de agosto, dois bovinos foram notificados com a suspeita de síndrome vesicular no município de Santa Rosa do Tocantins, região sudeste, a 166 quilômetros de Palmas.
Com isso, a propriedade rural foco e as demais vizinhas no raio de três quilômetros foram interditadas e todas as medidas sanitárias foram tomadas. No dia 6 de setembro, com os resultados dos exames positivos para EV, a área focal foi desinterditada permanecendo com vigilância até a eliminação do foco.
Já a propriedade foco fica embargada e estão mantidas as visitas semanais e a inspeção de animais susceptíveis à doença. “Após a cura clínica do último animal doente contaremos 21 dias para desinterdição dessa propriedade,” explica a diretora de Defesa, Inspeção e Sanidade Animal da Adapec, Regina Barbosa.
Regina Barbosa ainda explica, que de acordo com as medidas de biossegurança, o material colhido é encaminhado, primeiramente, ao diagnóstico de febre aftosa, pois os sintomas são semelhantes à doença. Além disso, é realizada a restrição do trânsito de animais e pessoas, investigação de possíveis vínculos, desinfecção de veículos e objetos, entre outros. “O tipo de estomatite vesicular identificada nos animais não causa mortalidade ou morbidade significativa, apresenta baixa prevalência de sinais clínicos e baixo potencial de impacto econômico”, complementou.
Para o presidente da Adapec, Humberto Camelo, é necessário que o produtor rural fique atento e informe imediatamente a Agência sobre a suspeita de doença vesicular no animal, para tanto, as palestras sobre o assunto estão sendo intensificadas. “Apesar de a estomatite ter cura espontânea, necessita de uma atenção especial, por ser confundida com outras doenças. Em razão disso, nossas ações são realizadas com agilidade e eficiência para preservar a saúde animal e do homem”, destaca.
Estomatite vesicular
De acordo com o Ministério da Agricultura, acredita-se que o vírus seja transmitido por insetos vetores hematófagos (que sugam o sangue). Os animais doentes também podem transmitir o vírus para outros animais via contato direto. Os infectados eliminam vírus por meio de secreções e excreções, como a saliva e líquido das vesículas (bolhas), que contaminam os animais suscetíveis ao ter contato com a pele e mucosas que apresentem lesões. O cocho, utensílios e as pessoas que lidam com os animais podem se tornar veículos de transmissão do agente da doença. Para o controle da dispersão do vírus deve-se restringir a movimentação de animais na propriedade foco, instituir quarentena para os doentes, buscar um rápido diagnóstico e controlar o ingresso de insetos vetores com a eliminação ou redução dos criadouros, além de desinfecção do ambiente (currais e estábulos). A doença tem cura espontânea e o tratamento dos doentes é sintomático, para evitar infecções secundárias. (Da Adapec)
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